Secretário de Saúde da cidade de SP, Edson Aparecido trata os idosos paulistanos como bobos da corte

 
Engana-se enormemente quem pensa que a pandemia do novo coronavírus no Brasil acabará tão cedo. A vacinação contra Covid-19 tem se mostrado eficaz em muitos países, reduzindo de maneira drástica o número de internações e minimizando os efeitos da doença, mas no Brasil, o eterno paraíso do “faz de conta”, a imunização da população continua em baixíssima velocidade, sem que as autoridades tomem alguma providência para mudar o quadro. Além disso, a pasmaceira do brasileiro diante da inépcia dos governantes chega a causar repulsa.

Como se não bastassem o negacionismo criminoso e a irresponsabilidade genocida do presidente Jair Bolsonaro, o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, tucano de fina plumagem e conhecido no meio político por prometer demais, agora trata os idosos paulistanos como bobos da corte.

Na terça-feira (23), Edson Aparecido afirmou que idosos paulistanos, ou residentes na maior cidade brasileira, com mais de 60 anos poderiam se cadastrar nos postos de saúde para receber doses de vacina que sobram ao final de cada dia.

“Idosos com mais de 60 anos podem procurar as nossas unidades de saúde. Nós estamos fazendo um cadastro, uma lista de espera, para que ao final do dia, caso haja aquelas doses que ficam remanescentes, nós chamamos os idosos para que eles possam ter a vacinação. Se tiver idosos acamados, nossas equipes vão até a residência da pessoa vaciná-la”, declarou o secretário municipal em entrevista à CNN Brasil.

Aparecido por certo deve imaginar que os idosos estão prontos para protagonizar o papel de bufo do tucanato, pois as regras para sonha em ser vacinado com doses restantes representam um atentado ao bom-senso.

 
O UCHO.INFO acompanhou na tarde desta quarta-feira (24) a tentativa de idosos se cadastrarem em um posto de saúde da capital paulista e impressionou-se com a desfaçatez da servidora que informava as regras aos munícipes.

Após a realização do cadastro para a fila de espera, que requer comprovante de residência e número de telefone de contato (fixo ou celular), o idoso é informado que no caso de sobra de vacina um funcionário do posto de saúde telefonará por volta das 18h30, sendo que o interessado na imunização tem no máximo meia hora para chegar ao local de vacinação.

A regra citada acima está a valer não em um município minúsculo encravado nos rincões verde-louros, mas na cidade de São Paulo, a maior do País e uma das dez maiores do planeta, onde o trânsito no horário de pico é marcado por congestionamentos quilométricos. Um idoso informado às 18h30 sobre a disponibilidade de vacina não consegue chegar ao posto de saúde em míseros 30 minutos. A Prefeitura de São Paulo deveria estender o horário de atendimento dos postos de saúde para que os idosos pudessem chegar a tempo.

Apenas para ilustrar o caos que tomou conta do País na esteira da pandemia, na capital paulista a vacinação para pessoas com idade entre 80 e 84 anos tem início previsto para 1º de março. Em outras palavras, não causará espanto se o corrente ano fechar as cortinas sem que todos os paulistanos estejam vacinados.

O grande erro da extensa maioria dos brasileiros é acreditar na classe política, que há muito afunda na vala do descrédito. Edson Aparecido é um político “punho de renda”, como são conhecidos os tucanos, que não assume a responsabilidade pelas próprias declarações.

O picadeiro nacional aumenta a cada dia, sem que o cidadão reaja ao estado de coisas que devora a nação sem cerimônia. Ou o brasileiro reage e cobra seus direitos, ou se acostumar a viver no caos. Em tempo: palhaço basta o que se instalou no Palácio do Planalto. Com a palavra, o prefeito Bruno Covas!

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