O Brasil registrou oficialmente, nas últimas 24 horas, 1.726 mortes provocadas por complicações da Covid-19, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), divulgados nesta terça-feira (2) pelo consórcio de veículos de imprensa. Trata-se de recorde de óbitos pela doença desde o início da pandemia no País. Com o novo balanço, o total de mortes pelo novo coronavírus é de 257.562.
Nos últimos sete dias, a média móvel de mortes por Covid-19 chegou a 1.274, alta de 23% em comparação à média de 14 dias atrás. Esse panorama indica tendência de crescimento do número de mortes pela doença. Há 40 dias a média móvel de mortes está acima da marca de 1 mil, 6 dias acima de 1,1 mil, e pelo terceiro dia seguido a marca aparece acima de 1,2 mil.
O número de mortes nas últimas 24 horas no Brasil é superior ao registrado preliminarmente nos Estados Unidos na segunda-feira (1), cujos dados foram tabulados pelas principais plataformas de monitoramento da pandemia. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, os EUA tiveram 1.567 mortes na segunda-feira. O número é semelhante ao verificado pela plataforma “Our World in Data”, da Universidade de Oxford, que aponta 1.565 mortes em território americano. Os EUA somam, desde o início da pandemia, 515.985 óbitos por Covid-19.
Em relação a casos confirmados da doença, nas últimas 24 horas foram 58.237 novos diagnósticos. Desde o começo da crise sanitária, 10.647.845 brasileiros já contraíram o novo coronavírus.
A média móvel de casos nos últimos sete dias é de 55.318 novos diagnósticos diários, alta de 22% em relação aos casos registrados há duas semanas. Esse número indica tendência de alta também nos casos confirmados.
Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante.
Dados do Ministério da Saúde apontam que até segunda-feira (1) 9.457.100 pacientes haviam se recuperado da Covid-19. O Conass não divulga o número de recuperados da doença. O mais novo balanço da vacinação contra Covid-19 aponta que 7.106.147 pessoas já receberam a primeira dose de vacina, o que representa 3,36% da população brasileira. A segunda dose já foi aplicada em 2.166.982 pessoas (1,02% da população) em todo o País. No total, 9.273.129 doses foram aplicadas. O Brasil precisa imunizar pelo menos 75% da população para fechar o cerco contra o novo coronavírus.
Com base nas informações do Conass, 15 entes da federação registram alta no número de mortes por Covid-19: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Distrito Federal, São Paulo, Acre, Pará, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em estabilidade no tocante a óbitos estão 8 estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco. Em queda: Amazonas, Amapá e Roraima.
A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes no Brasil subiu para 122,5, a 21ª mais alta do planeta, desconsiderados os países classificados como pequenos – Andorra, Liechtenstein e San Marino.
Em números absolutos, o Brasil é o terceiro país com maior número de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 28,7 milhões de casos, e da Índia, com 11,1 milhões. Porém é o segundo país em número absoluto de mortos, já que mais de 515 mil pessoas morreram nos EUA.
Ao todo, desde o início da pandemia, mais de 114,6 milhões de pessoas já contraíram oficialmente o novo coronavírus ao redor do globo, sendo que 2,54 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações da Covid-19.
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