Bolsonaro busca médico que aplauda sua irresponsabilidade genocida e assuma a culpa por 275 mil mortes

 
Convidada para assumir o Ministério da Saúde, em substituição ao incompetente e sabujo Eduardo Pazuello (general da ativa), a cardiologista Ludhmila Hajjar recusou o convite e acabou por colocar o governo federal em situação de dificuldade ainda maior.

Hajjar disse que o próximo ministro da Saúde deve ter autonomia para comandar a pasta, ao contrário do que busca o presidente Jair Bolsonaro, que insiste em negar a ciência e a pandemia do novo coronavírus, que no Brasil já deixou mais de 275 mil mortos. Na verdade, o que Bolsonaro procura é alguém que negue a ciência e endosse os desvarios palacianos sobre a doença, algo que nenhum médico minimamente responsável aceitará.

Até recentemente, a saída de Pazuello era assunto descartado no staff do Palácio do Planalto, mas com o agravamento da pandemia sua demissão passou a ser considerada como forma de poupar o governo de responsabilidade sobre as milhares de mortes e evitar que as Forças Armadas, em especial o Exército, continue na vitrine do descrédito.

A substituição de Eduardo Pazuello ganhou força nos últimos dias, após o Centrão pressionar a cúpula palaciana por uma solução para o descontrole da Covid-19 no País. Como contraponto para uma possível troca no comando da Saúde, o governo de Jair Bolsonaro cobrou dos parlamentares a não instalação da CPI da Covid, como se esse escambo criminoso fosse aceitável.

 
Independentemente de quem esteja à frente da Saúde, a CPI precisa ser instalada para apurar identificar os responsáveis pela tragédia humanitária que vem varrendo o Brasil, sem que as autoridades federais sinalizem com a possibilidade de abandonar o discurso ideológico torpe e genocida.

Diante da tragédia produzida pela pandemia, que ceifou centenas de milhares de vidas – País caminha para 300 mil mortos pela doença – e destruiu em igual número famílias por toda parte, a população tem o dever humanitário de cobrar dos parlamentares a imediata apuração dos fatos e a responsabilização daqueles que de forma criminosa negligenciaram na esteira da maior crise sanitária do século.

Sem a centralização do combate à pandemia e com dificuldades para comprar vacinas em quantidade suficiente para estancar a circulação do novo coronavírus, o Brasil avança na direção de um cenário caótico, com direito a pessoas morrendo nas filas de espera por uma vaga na UTI, enquanto Bolsonaro pensa apenas em salvar a própria pele e o seu insano projeto de reeleição.

Não obstante, o desastre econômico que cresce com o passar dos dias na terá solução a curto prazo, exceto se o governo conseguir no curto prazo algo em torno de 300 milhões de doses de vacina. O Brasil precisa vacinar pelo menos 75% da população, mas até gora conseguiu imunizar menos de 2% dos brasileiros (duas doses). Nesse cenário, somente um irresponsável ou um desavisado seria capaz de assumir o Ministério da Saúde.

Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.