Com recorde de 2.798 mortes por Covid-19 em 24 horas, Brasil chega a 282 mil óbitos pela doença

 
O Brasil registrou 2.798 mortes por Covid-19 n nas últimas 24 horas, totalizando 282.400 óbitos desde o início da pandemia do novo coronavírus. Os dados são do Conselho nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados na noite desta terça-feira (16) pelo consórcio de veículos de imprensa.

Com o novo balanço, a média móvel de mortes nos últimos setes dias foi de 1.976 (recorde), alta de 48% na comparação com o índice registrado há quatorze dias. Há 55 dias a média móvel de mortes por Covid-19 é superior a 1 mil, e pelo nono dia consecutivo está acima de 1,5 mil, agora a caminho dos 2 mil óbitos diários.

Em relação a casos confirmados, o País registrou 84.124 novos diagnósticos nas últimas 24 horas, totalizando desde o início da crise sanitária 11.609.601 brasileiros já contraíram o novo coronavírus. Em número de diagnósticos, a marca é a maior até o momento. A média móvel de casos confirmados nos últimos sete dias foi de 69.226 novos diagnósticos diários, alta de 22% em relação à média registrada há duas semanas.

Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante. Pelos nossos cálculos, o número de mortes por Covid-19 é pelo menos 50% maior.

Segundo o Ministério da Saúde, 10.111.954 pacientes haviam se recuperado da Covid-19 até a noite de segunda-feira. O Conass não divulga número de recuperados.

Enquanto a pandemia promove uma tragédia humana no País, o presidente Jair Bolsonaro, movido por sua irresponsabilidade genocida, insiste no negacionismo e não abre mão de decidir as políticas de combate ao novo coronavírus. Isso explica a decisão do presidente de nomear um novo ministro da Saúde que apenas cumpra ordens, a exemplo do que fez o general da ativa Eduardo Pazuello.

 
De acordo com os dados do Conass, 23 entes da federação apresentam alta no número de mortes por Covid-19: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas gerais, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Os estados de Roraima e Bahia registram estabilidade no número de óbitos, enquanto Rio de Janeiro e Amazonas têm queda.

O Estado de São Paulo também registrou nesta terça-feira recorde de mortes por Covid-19. Em 24 horas, foram 679 óbitos, o equivalente a uma morte a cada dois minutos. O número resume a gravidade da pandemia no Brasil atualmente: em 20 de agosto do ano passado, o País inteiro registrou o mesmo número de mortes diárias que apenas o estado de São Paulo confirmou nesta terça-feira.

O secretário-executivo do Centro de Contingência para o coronavírus do governo paulista, João Gabbardo, afirmou que hospitais privados na cidade de São Paulo estão solicitando leitos do SUS para internar pacientes com convênio médico. Ele também pediu que o novo ministro da saúde, Marcelo Queiroga, não descarte um “lockdown” nacional.

A taxa de mortalidade por 100 mil habitantes subiu para 134 no Brasil, a 20ª mais alta do planeta, desconsiderados os países classificados como pequenos – Andorra, Liechtenstein e San Marino.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 29,5 milhões de casos e mais de 536 mil mortes

Ao todo, desde o início da pandemia, mais de 120,5 milhões de pessoas já contraíram oficialmente o novo coronavírus ao redor do globo, sendo que 2,66 milhões de pacientes morreram por complicações da Covid-19.

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