Covid-19: Brasil registra 2.244 mortes nas últimas 24 horas e ultrapassa a trágica marca de 300 mil óbitos

 
No dia em que ultrapassou a trágica marca de 300 mil mortos por Covid-19, o Brasil registrou nas últimas 24 horas 2.244 novos óbitos pela doença, o que mostra o descontrole da pandemia no País. Com isso, o total de óbitos desde o começo da crise sanitária chegou a 301.087. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados na noite desta quarta-feira (24) pelo consórcio de veículos de imprensa.

A média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias ficou em 2.279, alta de 43% na comparação com o índice de quatorze dias atrás. Há 63 dias a média móvel de mortes por Covid-19 está acima de 1 mil; pelo décimo sétimo dia, acima de 1,5 mil; e há 8 dias, acima de 2 mil.

De terça para quarta-feira, 90.504 novos casos de Covid-19 foram confirmados, segundo maior registro em um dia. Em 17 de março passado, 90.830 diagnósticos da doença foram confirmados. Com o novo número de casos, o País chega 12.227.179 pessoas que contraíram o novo coronavírus.

A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 75.250 novos diagnósticos diários, alta de 8% em relação aos casos registrados há duas semanas. Esse índice indica tecnicamente estabilidade no número de casos.

Após 25 recordes seguidos na média móvel de óbitos, o índice desta quarta-feira aparece menor do que o do dia anterior em razão da alteração implementada na inclusão de dados no sistema do Ministério da Saúde. Pressionado, o governo desistiu da mudança e retornou ao modelo anterior de coleta de dados.

Ao menos cinco estados (Goiás, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) relataram dificuldades para inserir os dados no sistema do Ministério da Saúde, após a mudança arquitetada para aliviar a pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro, que insiste no negacionismo ignaro e torpe.

Com a mudança, já revogada, o número de mortes por Covid-19 pode ser maior, algo que será conhecido na quinta-feira (25), casos os estados consigam incluir corretamente as informações no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), onde estão incluídos dados sobre infectados pelo novo coronavírus.

 
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Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante. Pelos nossos cálculos, com base em informações de especialistas em epidemiologia, o número de mortes por Covid-19 no Brasil é pelo menos 50% maior.

Segundo o Ministério da Saúde, 10.601.658 pacientes haviam se recuperado até a noite de terça-feira (23). O Conass não divulga número de recuperados. Até esta quarta-feira, 13.389.523 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19, o que representa 6,32% da população. A segunda dose do imunizante foi aplicada em 4.418.425 pessoas, o que equivale a 2,09% da população. Considerando que as vacinas disponíveis no País exigem dose de reforço (segunda dose), o Brasil está muito longe da meta de vacinar 75% da população para conter a circulação do novo coronavírus.

De acordo com dados do Conass, 20 unidades da federação registram alta no número de mortes: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Amapá, Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Três estados brasileiros registram estabilidade no número de mortes por Covid-19: Acre, Rondônia e Piauí. Quatro estados apresentam queda no número de óbitos: Amazonas, Pará, Roraima e Maranhão. O estado do Amapá não atualizou os dados sobre a Covid-19.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 143,1 no Brasil, a 18ª mais alta do planeta, desconsiderados os países classificados como pequenos Andorra, Liechtenstein e San Marino.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de infecções e mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 29,9 milhões de casos e mais de 544 mil óbitos.

Ao todo, desde o início da pandemia, mais de 124,5 milhões de pessoas já contraíram oficialmente o novo coronavírus ao redor do globo, sendo que 2,7 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações da Covid-19.

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