No pior dia da pandemia, Brasil registra 3.600 mortes em 24 horas; total de óbitos é de 307.326

 
Confirmando o rápido e perigoso avanço da pandemia, o Brasil registrou 3.600 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 307.326 óbitos desde o início da pandemia. Os dados são do Consórcio Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados na noite desta sexta-feira (26) pelo consórcio de veículos de imprensa.

A média móvel de mortes pela doença nos últimos sete dias ficou em 2.400, alta 32% na comparação com o índice de óbitos de quatorze dias atrás. Há 65 dias a média móvel de mortes está acima de 1 mil; pelo décimo nono dia, acima de 1,5 mil; e há 10 dias, acima dos 2 mil mortos por dia.

Com o recorde desta sexta-feira, o Brasil passa a ocupar o segundo lugar entre os países que tiveram mais óbitos pela doença registrados em um único dia, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que já bateu a marca de 4 mil mortes diárias em seu pior momento. Antes, a Argentina ocupava a 2ª posição, com 3.351 mortes anotadas em 1º de outubro de 2020, de acordo com dados do portal “Our World in Data”.

Estudo realizado pelo pesquisador Márcio Watanabe, da Universidade Federal Fluminense (UFF), aponta que sem a decretação de “lockdown” o Brasil chegará à marca de 5 mil mortes por Covid-19 até o final de abril.

Em relação a casos confirmados, nas últimas 24 horas foram registrados 82.558 diagnósticos positivos, a maior marca em um só dia, superando o índice de 17 de março passado, quando o número chegou a 90.830. Desde o começo da crise sanitária no País, 12.407.323 brasileiros contraíram o novo coronavírus.

A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 75.759 novos diagnósticos diários, alta de 6% em relação aos casos registrados há quatorze dias. Considerando o colapso do sistema de saúde (público e privado), o ritmo do contágio pelo novo coronavírus causa preocupação, algo que se reflete no número de óbitos.

 
Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante. Pelos nossos cálculos, com base em informações de especialistas em epidemiologia, o número de mortes por Covid-19 no Brasil é pelo menos 50% maior.

De acordo com dados do Conass, 20 unidades da federação têm curva de mortes em alta: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Amapá, Rondônia, Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Quatro estados brasileiros têm curva de mortes estável: Paraná, Acre, Pará e Maranhão. Dois estados registram queda no número de mortes: Amazonas e Roraima. O estado do Ceará não atualizou os dados nesta sexta-feira

O estado de São Paulo, o mais afetado pela pandemia do novo coronavírus no Brasil, registrou novo recorde de mortes em 24 horas, com 1.193 óbitos. O estado superou a marca de 70 mil óbitos (70.696) e acumula 2.392.374 infecções pelo vírus SARS-CoV-2 e suas variantes.

Segundo o Ministério da Saúde, 10.772.549 pacientes se recuperaram da doença até a noite de quinta-feira (25). O Conass não divulga o número de recuperados. Até esta sexta-feira, 14.883.220 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus, o que representa 7,03% da população brasileira. A segunda dose da vacina foi aplicada em 4.640.586 pessoas, equivalente a 2,19% da população. Considerando que as vacinas disponíveis no País exigem dose de reforço (segunda dose), o Brasil está muito longe da meta de vacinar 75% da população para conter a circulação do novo coronavírus.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 146,1 no Brasil, a 18ª mais alta do planeta, quando desconsiderados países considerados pequenos – Andorra, Liechtenstein e San Marino, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins (EUA).

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 30,1 milhões de casos. É também o segundo em número absoluto de mortos, já que mais de 547 mil pessoas morreram em território estadunidense.

Ao todo, desde o início da pandemia, mais de 125,8 milhões de pessoas já contraíram oficialmente o novo coronavírus ao redor do globo, sendo que 2,76 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações da Covid-19.

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