Com 3.733 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, Brasil chega a mais de 341 mil mortes pela doença

 
O Brasil registrou 3.733 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando desde o início da pandemia 341.097 óbitos pela doença. Com esse novo balanço da crise sanitária, a média móvel de mortes por Covid-19 nos últimos sete dias ficou em 2.744, alta de 21% em relação ao índice de 14 dias atrás. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados no início da noite deste quarta-feira (7) pelo consórcio de veículos de imprensa.

Há 77 dias a média móvel de mortes pelo novo coronavírus no Brasil está acima de 1 mil; há 22 dias, acima de 2 mil; e há 12 dias, acima de 2,5 mil. Isso mostra o descontrole da pandemia no País, enquanto o presidente Jair Bolsonaro afirmar faltar “um pouco de humanidade” a governadores e prefeitos no combate à Covid-19.

“Realmente está faltando um pouco de humanidade por parte de muitos governadores e prefeitos do Brasil nessa questão da pandemia. Lamentamos as mortes, muito, queríamos que ninguém morresse, mas temos uma realidade pela frente”, disse o presidente da República durante discurso em Santa Catarina.

Em relação a casos confirmados, nas últimas 24 horas o País registrou 90.973 novos diagnósticos, sendo que desde o começo da pandemia 13.197.031 brasileiros já contraíram o novo coronavírus. Trata-se do segundo pior dia em número de casos confirmados, atrás apenas de 25 de março, quando o contingente de novos diagnósticos chegou a 97.586. A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 63.396, recuo de 17% em relação à marca de duas semanas atrás.

Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante. Pelos nossos cálculos, com base em informações de especialistas em epidemiologia, o número de mortes por Covid-19 no Brasil é pelo menos 50% maior.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, até a noite de terça-feira (6) 11.664.158 pacientes haviam se recuperado da Covid-19. O Conass não divulga o número de recuperados.

 
Em relação ao plano de imunização do governo federal, até esta quarta-feira 21.445.683 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19, o que representa 10,13% da população brasileira. A segunda dose foi aplicada em 6.065.854 pessoas, o que equivale a 2,86% da população. Considerando que as vacinas disponíveis no País exigem dose de reforço (segunda dose), o Brasil está muito longe da meta de vacinar 75% da população para conter a circulação do novo coronavírus.

Com base nos dados do Conass, 10 entes federativos apresentam alta no número de mortes por Covid-19: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Maranhão, Ceará e Pernambuco. Dezessete estados brasileiros registram estabilidade no número de óbitos: Santa Catarina, Paraná, Goiás, Tocantins, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Bahia. Apenas o Rio Grande do Sul tem queda no número de mortes.

No momento, o Brasil é o líder global em novas mortes diárias, respondendo por cerca de 28% dos novos óbitos por Covid-19 em todo o planeta, segundo dados do site “Our World in Data”, vinculado à Universidade de Oxford. Apenas a título de comparação, o Brasil tem 2,7% da população mundial.

Com os dados de óbitos registrados nesta quarta-feira, a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes no Brasil subiu para 162,2 , a 17ª maior do planeta, desconsiderado países classificados como pequenos – San Marino e outros.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de infecções e mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam 30,85 milhões de casos e 556,5 mil óbitos, de acordo com monitoramento da Universidade Johns Hopkins (EUA).

Ao todo, desde o começo da crise sanitária, mais de 132,8 milhões de pessoas já contraíram o novo coronavírus ao redor do globo, sendo que 2,88 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações da Covid-19.

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