Estados Unidos decretam estado de emergência após ataque cibernético a oleoduto

 
O governo dos Estados Unidos decretou no domingo (9) estado de emergência regional após um ataque cibernético que levou à suspensão das operações da maior rede de oleodutos na costa leste do país. O decreto visa evitar o desabastecimento de combustível na região. Esse foi o pior atentando do tipo contra a infraestrutura norte-americana.

A empresa Colonial Pipeline transporta até 2,5 milhões de barris de gasolina, gasóleo e combustível de aviação por dia das refinarias no Golfo do México para as grandes cidades no sul e leste dos Estados Unidos, abastecendo cerca de 50 milhões de consumidores. Devido ao ataque descoberto na sexta-feira, a empresa interrompeu a operação nos 8.850 quilômetros da rede.

Em comunicado, a Colonial afirmou que ter interrompido as operações em toda a rede de oleodutos para evitar mais danos nos sistemas de computador, mas não revelou o tempo da paralisação. A empresa afirmou que o ataque envolve um ransomware, malware que bloqueia os sistemas de computação e para libertá-los é exigido pagamento de regaste.

De acordo com o Departamento de Transportes dos EUA, a declaração de estado de emergência cria condições “para o transporte imediato” de combustíveis e outros produtos refinados de petróleo. A medida atinge 17 estados e o distrito de Columbia. O decreto também flexibiliza os horários de trabalho e permite a realização de horas extras para garantir o abastecimento.

 
No domingo, a Colonial afirmou que estava reabrindo algumas linhas de transporte menores, mas que o sistema principal continuava paralisado e só seria reativo assim que a segurança estivesse garantida. A empresa disse ainda que estava em contato com autoridades.

A última vez que a empresa teve que interromper as suas linhas de transporte de combustível foi durante o furacão Harvey, que atingiu o Golfo do México, em 2017.

Darkside

A quadrilha cibernética conhecida como DarkSide estaria por trás dos ataques ao oleoduto, afirmaram fontes familiarizadas com a investigação. O grupo teria profissionalizado uma indústria criminosa de ataques com ransomware que custaram bilhões de dólares aos países ocidentais nos últimos três anos.

O DarkSide afirma que, em seus ataques, visa apenas grandes empresas e doa parte dos resgastes obtidos para caridade. Segundo especialistas, o grupo seria formado por cibercriminosos veteranos, voltados a extrair o máximo de dinheiro das vítimas.

A quadrilha teria sido notada pela primeira vez em agosto do ano passado e também é conhecido por evitar alvos em nações da ex-União Soviética, o que levanta as suspeitas de estarem ligada a um destes países. (Com agências internacionais)

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