Covid-19 ainda é uma ameaça para a Europa, alerta a Organização Mundial da Saúde

 
As vacinas contra a Covid-19 em uso na Europa são eficazes contra todas as novas variantes do coronavírus SARS-CoV-2, mas o progresso no combate à pandemia no continente permanece frágil e viagens internacionais não essenciais ainda devem ser evitadas, alertou nesta quinta-feira (20) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“As vacinas podem ser a luz no final do túnel, mas não podemos ser cegados por ela”, disse o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge.

Na União Europeia, o uso de quatro vacinas foi autorizado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) até agora: as da AstraZeneca, Pfizer-Biontech, Moderna e Johnson & Johnson.

“Nesse momento, frente à ameaça persistente e a novas incertezas, precisamos exercitar a cautela e repensar ou evitar as viagens internacionais”, observou. “Uma maior mobilidade e mais interações pode resultar em mais transmissão.”

A OMS acompanha a evolução das quatro variantes de maior impacto detectadas na Europa, as quais classifica como “de interesse” ou “preocupantes”: a B.1.617, originária da Índia; a B.1.1.7, primeiramente detectada no Reino Unido; a B.1.51, da África do Sul; e a P.1, do Brasil.

 
A variante atualmente dominante no continente é do Reino Unido. Contudo, Kluge ressaltou que as autoridades de saúde devem permanecer vigilantes diante do crescente número de casos da variante indiana na Europa. Infecções pela cepa indiana já foram registradas em 26 dos 53 países que integram a região europeia da OMS, “da Áustria à Grécia, de Israel ao Quirguistão”, afirmou o diretor da OMS. “Ainda estamos aprendendo sobre a nova variante, mas sabemos que pode se espalhar com rapidez.”

Segundo a OMS, a variante indiana propagou-se, em muitos casos, devido a viagens internacionais, embora também tenham ocorrido transmissões comunitárias.

Bolsões com aumento de transmissões preocupam

Os casos de Covid-19 semanais registrados na Europa caíram quase 60% entre meados de abril e a semana passada, de 1,7 milhão para cerca de 685 mil. No entanto, Kluge disse que o escritório regional da OMS na Europa vê com cautela a diminuição dos números e que as taxas de incidência permanecem altas em oito países europeus.

“Caminhamos na direção certa, mas precisamos nos manter vigilantes”, observou. “Em vários países, há bolsões com aumento de transmissões que podem rapidamente se transformar em ressurgimentos perigosos. A pandemia não acabou.”

A diretora de Emergências da OMS na Europa, Catherine Smallwood, advertiu que em um momento de alta transmissão do vírus, e com a ameaça de uma nova variante, é necessário ser extremamente cuidadoso, mesmo com a queda nos números da doença em muitos países europeus.

“Temos de redobrar todos os esforços”, destacou. Ela se mostrou a favor da manutenção das exigências sanitárias referentes às viagens, tais como testes e quarentenas em determinadas situações. (Com agências internacionais)

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