Números da vacinação no País derrubam depoimentos mentirosos de Eduardo Pazuello à CPI da Covid

 
Os depoimentos do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, à CPI da Covid foi um espetáculo de mitomania previamente orquestrado para preservar o presidente da República, que corre o risco de ser responsabilizado pela tragédia humana que ainda avança no País no rastro da pandemia do novo coronavírus.

Pazuello, que se esforçou para escapar dos muitos questionamentos sobre a demora do governo para adquirir vacinas, não conseguiu explicar de forma objetiva e convincente o fracasso oficial.

Na verdade, o negacionismo torpe de Jair Bolsonaro foi preponderante para que o Brasil ficasse para trás na compra de imunizantes contra Covid-19. Em apenas um mês, o governo federal ignorou dez ofertas da farmacêutica Pfizer para a aquisição de vacinas.

Os senadores que integram a CPI da Covid se dividem em relação ao tema. Os que fazem oposição ao Palácio do Planalto alegam que os e-mails enviados pela Pfizer comprovam a omissão do governo no campo das negociações para a compra de vacinas. Por outro lado, os senadores governistas afirmam que os e-mails estão sendo usados para construir uma narrativa contra o presidente da República.

 
Enquanto o governo Bolsonaro e os sabujos de aluguel tentam negar o inegável, os números da vacinação no País falam por si só e não deixam qualquer dúvida a respeito da omissão das autoridades federais no enfrentamento da pandemia e na compra de imunizantes.

Até a noite de quinta-feira (20), 41.097.928 brasileiros haviam recebido a primeira dose de vacina contra Covid-19, o que representa 19,41% da população do País. Até agora, a segunda dose foi aplicada em 20.208.975 cidadãos, equivalente a 9,54% do contingente populacional. Considerando que médicos e especialistas em saúde enfatizam a necessidade da segunda dose para garantir imunização em níveis elevados, o Brasil está muito longe de um cenário confortável de vacinação.

Além disso, após quatro esses de vacinação, o Brasil conseguiu imunizar apenas 39% dos idosos com duas doses de vacina, o que equivale a 11,7 milhões de pessoas acima de 60 anos. Diante da dificuldade para imunizar a maior parcela da população (adultos acima de 59 anos), o processo de vacinação só será concluído em 2023, afirmam especialistas, que temem uma terceira onda de Covid-19 por causa das muitas variantes que deverão surgir.

Em suma, Eduardo Pazuello mentiu de forma acintosa, comprometendo a imagem do Exército, que até o momento não se manifestou sobre o pífio espetáculo de mitomania, assim como os generais palacianos, que optaram por silêncio obsequioso e covarde.

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