Angela Merkel promete doar 30 milhões de doses de vacina contra Covid-19 para países pobres

 
Chefe do governo da Alemanha, a chanceler Angela Merkel afirmou nesta sexta-feira (21) que seu país disponibilizará mais 100 milhões de euros (R$ 650 milhões) para o consórcio global de vacinas Covax Facility e doar, até o fim deste ano, 30 milhões de doses de vacinas excedentes preferencialmente para países pobres.

As promessas foram feitas durante a Cúpula Global de Saúde do G20, que ocorreu de forma virtual. Merkel também pediu que outros países da União Europeia sigam o exemplo da Alemanha e doem estoques excedentes de vacinas.

A iniciativa Covax Facility foi organizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), entre outras entidades, para assegurar que nações menos desenvolvidas tenham acesso a vacinas contra a Covid-19. “Queremos fortalecer o papel da OMS”, disse Merkel.

A chanceler pediu aos alemães para que se comportem de maneira responsável enquanto várias regiões do país europeu continuam a relaxar restrições para conter a doença.

“Podemos ficar contentes que (taxas de infecção) diminuíram nos últimos dias e nas últimas duas semanas e que agora podemos pensar em dar mais passos para a reabertura”, disse Merkel a repórteres em Berlim.

O Instituto Robert Koch (RKI), agência de controle de doenças da Alemanha, relatou 8.769 novos casos Covid-19 e 226 mortes na quinta-feira. O país acumula 87.128 mortes relacionadas ao vírus desde o início da pandemia.

“Devemos ter cuidado”, disse Merkel. “Mas acredito que, com a responsabilidade e o cuidado necessários, que espero que a maioria das pessoas vá seguir, não precisaremos falar em fechar tudo novamente”, completou a chanceler.

 
Bolsonaro não participa de reunião do G20

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro não participou da reunião virtual do G20 que abordou a pandemia nesta sexta-feira, em contraste com a maioria dos países envolvidos, que contaram com a presença de seus chefes de governo ou de Estado.

A cúpula contou com os líderes do Reino Unido, Holanda, México, Indonésia, Itália, Japão, Canada, Espanha, França, Alemanha, China, Argentina, Turquia, África do Sul e Coreia do Sul, além dos chefes de organizações internacionais como Banco Mundial, Nações Unidas e União Europeia.

O Brasil, segundo país que mais acumula mortes por Covid-19 no planeta, com 444 mil óbitos, foi representado na reunião pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França. Em seu discurso, o chanceler brasileiro que Bolsonaro está viajando desde quinta-feira e não pôde participar do encontro.

Nesta sexta-feira, Bolsonaro estava no Maranhão, onde participou de cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural. Durante o evento, ele atacou o governador do estado, Flávio Dino, que faz oposição ao Palácio do Planalto. O presidente chamou o governador de “gordinho ditador” e o comparou ao ditador norte-coreano Kim Jong-Un.

“Lá na Coreia do Sul [sic] tem uma ditadura, o ditador não é um gordinho? Na Venezuela, também tem uma ditadura, não é um gordinho lá o ditador? E quem é o gordinho ditador aqui do Maranhão?”, disse Bolsonaro nesta sexta-feira.

O governador Flávio Dino é um apoiador de medidas de restrição para conter a pandemia, ao contrário de Bolsonaro, que se opõe a qualquer tipo de ação que possa limitar a circulação ou funcionamento do comércio, mesmo com o país batendo seguidos recordes de mortes por Covid-19.

O governador respondeu aos ataques do presidente. “Bolsonaro anda preocupado com o meu peso, algo bem estranho e dispensável. Tenho ótima saúde física e mental. E estou ocupado com vacinas, pessoas doentes, medidas sociais, coisas sérias. Trabalho muito. Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público”, escreveu Dino no Twitter. Nesta semana, o Maranhão identificou casos da variante indiana do coronavírus em tripulantes de um navio ancorado na costa do estado.

No ano passado, Jair Bolsonaro evitou participar de outros eventos internacionais virtuais para discutir a pandemia do novo coronavírus e questões ambientais. Em suma, além de populista é gazeteiro, é movido pela covardia. (Com agências internacionais)

Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.