Ao criticar e ofender opositores, Bolsonaro “passa recibo” do desespero diante de reeleição incerta

 
Todas as vezes em que ataca os adversários e critica os movimentos contra o governo, o presidente Jair Bolsonaro “passa recibo” do seu desespero diante de um projeto político autoritário que está esfarelando.

Na última segunda-feira (21), dois dias após manifestações contra o governo tomaram as ruas e avenidas das principais cidades brasileira, Bolsonaro, em conversa com os apoiadores que se aglomeram diariamente à porta do Palácio da Alvorada, usou os termos “petralhas” e “mortadela” para desqualificar os protestos e os manifestantes.

“Eu acho que vou acabar com as manifestações dos petralhas. Comam mortadela, pessoal, faz bem à saúde. Vai acabar com as manifestações. Estou apoiando agora o consumo de mortadela no Brasil”, disse o desqualificado presidente da República.

Nesta quarta-feira (23), em conversa com os cotidianos bajuladores, Bolsonaro voltou a minimizar os protestos de último sábado, chamando os manifestantes de “pobres coitados”.

 
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“O pessoal ali, a maioria é pago, e se perguntar o que está fazendo não sabe o que está fazendo. A gente vai recuperar esse pessoal aí devagar, a maioria que está ali é de pobres coitados”, afirmou o presidente.

Que Jair Bolsonaro é um desclassificado que, a reboque da ignorância, distorce os fatos a seu favor todo brasileiro de bem já sabe, mas o presidente não tem moral para falar sobre “manifestantes comprados”, pois a milícia bolsonarista age da mesma maneira, como noticiamos na edição de 5 de maio passado.

Na mencionada matéria revelamos mensagens enviadas por WhatsApp por apoiadores do presidente da República, que dias antes haviam oferecido R$ 150 para cada pessoa que se dispusesse a participar de manifestação a favor do governo.

O desespero de Bolsonaro com a possibilidade cada vez maior de tropeçar nas urnas de 2022 é compreensível, mesmo que suas reações sejam inadmissíveis, mas p brasileiro deve se preparar para a escalada da radicalização, pois só assim o presidente conseguirá manter unidos os catecúmenos do bolsonarismo.

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