Após o ataque com faca em Würzburg, na Baviera, na última sexta-feira (25), os antecedentes e motivos do autor do crime ainda não estão claros, disse nesta segunda-feira o secretário do Interior da Baviera, Joachim Herrmann.
“Não se pode responder neste momento se o suspeito sofre de uma doença mental, ou se pode também ser classificado como terrorista”, afirmou Herrmann.
Ainda não está claro se as exclamações dele durante o crime, típicas de islamistas, são determinantes para as motivações, acrescentou. “Há testemunhas que dizem que ele gritou Allahu Akhbar na loja de departamentos quando deu as primeiras facadas nas pessoas”, declarou o secretário do Interior da Baviera. Além disso, teria havido outras declarações durante a noite, quando o autor mencionou eventual contribuição pessoal à jihad.
No local onde o refugiado somaliano de 24 anos estava abrigado foi encontrado material que está sob avaliação de estudiosos islâmicos. De importância central para a reconstrução do crime é a avaliação do conteúdo de dois telefones celulares confiscados na acomodação do acusado.
Feridos estão fora de perigo
O migrante matou três mulheres com uma faca e feriu sete pessoas no fim da tarde de sexta-feira. De acordo com Herrmann, nenhuma das cinco vítimas gravemente feridas corre risco de morrer. No entanto, é de se temer que algumas fiquem com sequelas duradouras. O crime foi “incrivelmente brutal”, acrescentou.
De acordo com os investigadores, o suspeito, que vive em um abrigo para moradores de rua, já havia atraído a atenção várias vezes antes da ação sangrenta por causa de comportamento confuso e agressivo e já havia sido internado temporariamente duas vezes em uma clínica psiquiátrica. No entanto, jamais havia ferido alguém. Segundo Herrmann, este histórico de transtornos também está sendo examinado em detalhes.
O autor do atentado nasceu em Mogadíscio em 1997 e chegou em maio de 2015 na Alemanha, onde recebeu proteção devido à guerra civil que avança em seu país de origem. (Com agências internacionais)
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