Anvisa suspende testes clínicos da Covaxin no Brasil após farmacêutica indiana romper acordo com a Precisa

 
O escândalo envolvendo a Covaxin, vacina contra Covid-19 produzida pela farmacêutica indiana Bharat Biotech, parece estar longe do fim. Na noite desta sexta-feira (23), após o laboratório cancelar acordo comercial com a empresa brasileira Precisa Medicamento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a suspensão dos testes clínicos do imunizante no País.

De acordo com a Anvisa, a decisão foi motivada pelo comunicado da farmacêutica sobre o rompimento do acordo com a intermediária brasileira.

Para a Anvisa, o fim do acordo entre as empresas “inviabiliza a realização do estudo”. A agência reguladora já havia informado que reavaliaria os pedidos relacionados à vacina, principalmente depois da divulgação do escândalo, alvo da CPI da Covid.

Segundo a agência, a decisão, em caráter provisório, foi tomada pela Coordenação de Pesquisa Clínica do órgão e comunicada, por meio de ofício, à Precisa Medicamentos e ao Instituto Albert Einstein, responsável pela coordenação dos estudos clínicos da Covaxin no Brasil.

 
Matéria relacionada
. Fabricante da vacina Covaxin rompe acordo com empresa intermediária brasileira

Em comunicado divulgado na manhã desta sexta-feira, a Bharat Biotech afirmou ter interesse em continuar trabalhando junto à Anvisa com o objetivo de obter autorização para o uso do imunizante no Brasil. A farmacêutica afirmou não ter recebido qualquer pagamento do governo brasileiro, assim como não forneceu doses da vacina ao Ministério da Saúde.

O novo capítulo dessa epopeia vacinal decorre de excelente reportagem da rádio CBN, que no último dia 16 noticiou a existência de erros graves nos documentos entregues ao Ministério da Saúde, todos em posse da CPI da Covid.

Também em nota divulgada nesta sexta, a Bharat Biotech negou “veementemente” ter enviado os documentos apresentados pela Precisa ao Ministério da Saúde, em meio à negociação. A documentação citada faz parte do contrato de fornecimento de vacinas assinado, em 25 de fevereiro, entre a pasta e o laboratório indiano.

Os documentos citados pela Bharat foram encaminhados ao Ministério da Saúde pela Precisa Medicamentos como se fossem autênticos e de autoria da farmacêutica. como se fossem de autoria da farmacêutica.

“Fomos informados recentemente que certos documentos, supostamente emitidos por executivos da empresa, estão sendo divulgados online. Gostaríamos de afirmar enfaticamente que esses documentos não foram emitidos pela companhia ou seus executivos e, portanto, negam veementemente os mesmos”, informou o laboratório.

Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.