Guedes diz que taxa extra na conta de luz vai aumentar; Centrão pede a “cabeça” do ministro da Economia

 
Em qualquer governo minimamente sério e comprometido com as questões sociais – não é o caso do de Jair Bolsonaro – Paulo Guedes, o falso “Posto Ipiranga”, já terá sido despejado do Ministério da Economia, principalmente pelas declarações estapafúrdias. Na campanha presidencial de 2018, quando apresentado ao eleitorado, Guedes levou o mercado financeiro ao delírio. Isso porque a eventual participação do economista na equipe de governo de Jair Bolsonaro permitiria aos operadores do mercado encher as burras.

Se antes da pandemia a crise econômica brasileira dava sinais claros de resistência, com o advento da Covid-19 a situação tornou-se ainda pior. Nesse período, Guedes sempre tinha no bolso do paletó uma desculpa esfarrapada para engambelar a opinião pública. Levava as elites os risos por causa de afirmações descabidas e preconceituosas, ao mesmo tempo em que fazia – como ainda faz – o povo chorar.

O mais recente absurdo vociferado pelo ministro da Economia envolve a tarifa de energia elétrica, cujo preço está nas alturas porque a água que movem as usinas hidrelétricas está quase ao rés do chão. Nesta quinta-feira (26), em audiência no Senado, Guedes acenou com um novo aumento no valor da taxa extra de energia (bandeira vermelha) e disse que de nada adiantar reclamar.

Na quarta-feira, Guedes questionou: “qual é o problema de a energia ficar mais cara?”. Como acontece com nove entre dez abilolados, Paulo Guedes disse que sua fala foi tirada de contexto, assim como no caso das empregadas domésticas que queriam viajar para Disney e outros tantos absurdos.

 
“Temos de enfrentar a crise de frente. Vamos ter de subir a bandeira, a bandeira vai subir. Vou pedir aos governadores para não subir automaticamente (o ICMS), eles acabam faturando em cima da crise. Isso não é interessante. Temos de enfrentar, não adianta ficar sentado chorando”, declarou o ministro.

É importante destacar que “enfrentar”, cujo significado é colocar-se defronte, só pode ser de frente. Na equipe de um presidente tosco, como é o caso de Jair Bolsonaro, é comum que o governo dê as costas aos problemas.

Como acontece com nove entre dez abilolados, Paulo Guedes disse que sua fala foi tirada de contexto, assim como no caso das empregadas domésticas que queriam viajar para Disney e outros tantos absurdos.

Se a “lua de mel” de Paulo Guedes com o mercado financeiro terminou há algum tempo, sua permanência no comando da Economia pode estar com os dias contados. Primeiro porque a popularidade de Bolsonaro está em queda livre, movimento impulsionado principalmente pela teimosa crise econômica. Ou a equipe de Guedes encontra uma solução urgente para a crise, ou o plano de reeleição do presidente irá pelos ares antes do tempo.

O segundo ponto a ser considerado envolve a volúpia do Centrão, bloco parlamentar informal que fez de Bolsonaro uma presa fácil. Mesmo ocupando cargos estratégicos no governo, como a Casa Civil, por exemplo, o Centrão quer mais espaço na máquina federal. A cúpula do grupo de vendilhões cobra a demissão de Paulo Guedes e de Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia.

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