(*) Gisele Leite
O reiterado discurso beligerante do atual Presidente da República só reforça as possibilidades de golpe de Estado. Aliás, a título de sugestão o atual Ministro da Educação, deveria entregar medalhas aos atletas paraolímpicos, principalmente, em razão de suas recentes e estapafúrdias declarações.
Aliás, o dom prolífero de dizer bizarrice parece mesmo ser infectocontagioso no atual governo brasileiro. E a CPI da Pandemia se depara com toda sorte de expedientes para que possa colher novos depoimentos. Enquanto isso a índice de aprovação na população geral do atual governo é em torno de dezessete por cento.
Cresceu o número de mortos e as redes de saúde seja pública ou privada ultrapassam a média de noventa por cento.
Enfim, a pandemia de Covid-19 vitimou mais que pessoas, famílias e um país… a credibilidade e a segurança pública sagram-se em índices cada vez mais decadentes.
Todos aguardam ansiosos pelo próximo “Sete de Setembro”, que deveria ser mais um feriado qualquer, mas se tornou, obviamente, um momento em que a crise aguda das instituições brasileiras abala os três Poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. A única certeza que me consola é que não há mal que sempre dure…
Como Quixote diz a Sancho, num dos seus muitos momentos ruins: “Não é possível que o bem ou o mal sejam duráveis, e daí decorre que, quanto mais tenha durado o mal, mais próximo estará o bem.”
(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.
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