Fusão do PSL com o Democratas, novo partido pode atrapalhar plano eleitoral do presidente do Senado

 
Resultado da aglutinação do Democratas e do PSL, o União Brasil nasce como maior partido da Câmara dos Deputados, com 82 parlamentares, à frente do segundo colocado, o PT, que tem 53 deputados. O verdadeiro tamanho do União Brasil só será conhecido em março do próximo ano, já que a Justiça Eleitoral deve referendar a fusão partidária em fevereiro.

Além disso, a nova legenda terá direito em 2022 a R$ 330 milhões do fundo eleitoral, montante suficiente para turbinar campanhas por todo o País.

Presidente do novo partido, Luciano Bivar, que até então comandava o PSL, disse na quarta-feira (6) que o União Brasil participará da corrida presidencial de 2022 com candidato próprio, decisão que desagradou os filiados ao partido que pretendem apoiar o projeto de reeleição de Jair Bolsonaro. Isso significa que os bolsonaristas terão de acatar a decisão de Bivar ou mudar de partido.

Especula-se nos bastidores que o presidenciável da nova legenda será Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde e filiado ao Democratas, que nas pesquisas eleitorais aparece no segundo pelotão, ao lado de João Dória Júnior e Sérgio Moro.

 
No caso de a candidatura de Mandetta ser confirmada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), terá de rever seu projeto político ou, então, tentar a reeleição. Pacheco, que está em Roma para participar da Cúpula de Presidentes de Parlamentos (P20), aproveita a viagem para vender imagem de estadista. Além disso, o parlamentar mineiro adotou recentemente um discurso que não esconde sua pretensão de chegar ao Palácio do Planalto.

Diante da indefinição de uma candidatura de “terceira via”, a tendência é que Rodrigo Pacheco migre para o PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab. Essa mudança já estaria sacramentada nos bastidores, dependendo apenas de confirmação oficial. Kassab tem afirmado que o PSD terá candidato para concorrer à Presidência da República. Como ainda falta um ano para as eleições, esse cenário tende a mudar.

Enquanto ACM Neto, secretário-geral do União Brasil, diz que o partido trabalhará muito para evitar um segundo turno entre Lula e Jair Bolsonaro, não se deve descartar a possibilidade de o presidente do Senado, mais adiante, ser candidato a vice na chapa do petista.

É importante lembrar que Lula e Kassab têm boa relação política, além de Pacheco ser representante do segundo maior colégio eleitoral do País, o estado de Minas Gerais. Se a Lula sobra habilidade política para negociar acordos, Kassab não fica atrás. Basta convencer Rodrigo Pacheco.

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