(*) Gisele Leite
Os fiéis praticantes de um estilo de sobrevivência supostamente saudável recorrem à desinformação e, ainda, recusam a vacina contra coronavírus e, até mesmo, outras vacinas referentes doenças mais conhecidas.
A corrente antivacina galgou mais de trinta por cento da população norte-americana e, é encarada como um perigo constante no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Muitos que decidiram não se vacinar e estão contaminados por ideologia política e, apesar de não se assumirem como negacionistas, estão sendo alvos prediletos da cultura do cancelamento.
Posto que a exigência de comprovação de vacina e, também de testes negativos para Covid-19 para o acesso de inúmeros lugares, o que incluem o Fórum e demais repartições públicas até eventos culturais e esportivos.
Em Nova York, por exemplo, em hipótese alguma, você tem a liberdade para entrar em restaurante, sem estar devidamente comprovada sua vacinação.
Ao lado dessa questão, há ainda o negacionismo namastê que coloca o debate varrido diretamente para debaixo do tapete de ioga e, mesmo os líderes xiitas da extrema direta e alguns de seus adeptos têm se mostrando constantemente contrários à vacinação. Favoráveis fervorosos da imunidade de gado… Nada mais honesto e prosaico.
O mesmo discurso, curiosamente, encontra respaldo entre os ultraliberais que se autointitulam como “anarcocapitalistas” e, que defendem que o livre mercado é a melhor forma de organizar a sociedade. E, encaram tanto a vacina como o cinto de segurança como meros instrumentos de opressão estatal.
Destaque-se, ainda, que o discurso antivacina não é unânime no mundo da ioga sendo mesmo alvo de severas críticas.
E, refuta-se o argumento da liberdade de escolha pois, afinal, a pandemia é problema coletivo e, avisa que realmente vige distorção. Afinal, a tão almejada liberdade jamais poderá ser contrária ao bem comum. E, a liberdade em relação às fontes que causam sofrimento e dor e, ainda, lança sombra sobre conhecimento humano. Aliás, nenhuma liberdade ainda que corresponda a um direito fundamental é absoluta, pois conhece os contornos necessários para se ter uma vida civilizada.
Lembremos que a ciência mostrou a incontestável eficácia da vacina e quem recusa vacinar-se não está usando de liberdade e, sim, revelando-se como analfabeto funcional que habita uma realidade paralela regada por egoísmo e oportunismo.
Existe consenso científico generalizado de que as vacinas são seguras e efetivas, tanto assim que a Organização Mundial da Saúde caracteriza a hesitação em vacinar uma das maiores ameaças para a saúde mundial.
Infelizmente, os negacionistas se revelam oportunistas ao defender suas ideias e insistirem a ter convívio social. Proponho que sejam eremitas isolados em desertos, ou lugares esmos onde serão inofensivos aos demais seres humanos.
(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.
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