Prévia da inflação em outubro foi de 1,2%, maior índice para o mês desde 1995

 
Considerado uma prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15 (IPCA-15) chegou a 1,2% em outubro, após ficar em 1,14% no mês anterior. Essa foi a maior variação para um mês de outubro desde 1995 (1,34%) e a maior entre todos os meses do ano desde fevereiro de 2016, quando o índice foi de 1,42%.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,3% e, em 12 meses, de 10,34%. Em outubro de 2020, o índice foi de 0,94%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A meta do Banco Central (BC) para a inflação em 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apontaram aumento de custos, sendo o transporte o causador do maior impacto (0,43 ponto percentual) no cálculo da prévia da inflação e da maior variação (+2,06%).

O grupo habitação aparece na sequência, com a alta de 1,87% e adicionando 0,30 ponto percentual ao IPCA-15. A inflação nesse grupo acelerou em relação a setembro, quando havia marcado 1,55%.

 
A prévia da inflação foi pressionada ainda por alimentação e bebidas, com alta de 1,38% nos preços, mais um grupo com elevação acelerada dos custos – em setembro, registrou acréscimo de 1,27%.

A alta do IPCA-15 foi puxada pela energia elétrica (3,91%), com o maior impacto individual no mês de outubro (0,19 ponto percentual). A alta decorre, em grande parte, da vigência da bandeira tarifária preta (escassez hídrica) – de R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Outra contribuição importante veio do gás de cozinha de botijão (3,80%), cujos preços subiram pelo 17º mês consecutivo e acumulam, no ano, alta de 31,65%.

No grupo transportes, o destaque ficou para as passagens aéreas, que tiveram alta de 34,35%. Os combustíveis seguem em alta (2,03%) – a gasolina subiu 1,85% e acumula 40,44% nos últimos 12 meses. Os demais combustíveis também apresentaram altas: etanol (3,20%), óleo diesel (2,89%) e gás veicular (0,36%).

Os preços das frutas também subiram (6,41%). Foi registrada elevação dos preços do tomate (23,15%), batata-inglesa (8,57%), frango em pedaços (5,11%), café moído (4,34%), frango inteiro (4,20%) e queijo (3,94%).

No contraponto, a pesquisa identificou recuo nos preços da cebola (-2,72%) e, pelo nono mês consecutivo, do arroz (-1,06%). Após 16 meses seguidos de alta, o preço da carne registrou queda (-0,31%).

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