PEC dos Precatórios: se PDT não recuar em segunda votação, Ciro Gomes pode desistir de candidatura

 
Inconformado com a decisão de parte da bancada do PDT na Câmara dos Deputados ter votado a favor da PEC dos Precatórios, também conhecida como PEC do Calote, Ciro Gomes anunciou a suspensão da pré-candidatura à Presidência da República.

Em publicação em rede social, o ex-governador do Ceará afirmou que o apoio de parte da bancada do partido à PEC foi uma “surpresa fortemente negativa” e que o PDT não pode “compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas.”

“Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios”, destacou Ciro.

“Justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e com abalos ao arcabouço constitucional”, emendou o pedetista.

 
“A mim só me resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição. Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo”, completou.

A reação de Ciro Gomes repercutiu negativamente na bancada do PDT e foi interpretada como ameaça aos que votaram a favor da PEC dos Precatórios, que ainda precisa passar por segunda votação na Câmara dos Deputados.

No caso de os deputados pedetistas não recuarem na segunda votação da PEC, algo possível, Ciro Gomes ficará em situação de fragilidade política no partido e fragilizado com os eleitores.

A se conformar esse cenário, não causará surpresa se Ciro desistir de concorrer à Presidência. Com isso, a chamada terceira via perde força e polarização entre Jair Bolsonaro e Lula tende a aumentar. Até porque, parte do PDT está propensa a apoiar a candidatura de Lula.

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