Depois do enorme fiasco envolvendo o aplicativo de votação, que durou uma semana, o PSDB conseguiu concluir no final de semana as prévias presidenciais. Com 53,99% dos votos, o governador de São Paulo, João Dória Júnior, é o candidato tucano à Presidência da República nas eleições de 2022. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, teve 44,66% dos votos
O resultado das prévias confirma mais uma vez e com incontestável clareza que o PSDB continua dividido, situação que pode levar o partido a encolhimento ainda maior no âmbito nacional. Dória falou em união logo após o anúncio do resultado das prévias, mas no horizonte tucano isso está longe de ser realidade.
Dória convidou Eduardo Leite para coordenar a campanha presidencial do PSDB, mas o governador gaúcho recusou o convite. Além disso, não será surpresa se Leite deixar o partido nos próximos dias, a exemplo do que promete fazer o ex-governador Geraldo Alckmin.
Em entrevista coletiva no diretório estadual do PSDB, Dória negou ter convidado Eduardo Leite para coordenar sua campanha. Essas contradições não deixam dúvidas a respeito do processo de desidratação política enfrentado pelo partido desde que João Dória concorreu à Prefeitura de São Paulo, em 2016. Na ocasião, Alckmin, que endossou a candidatura do atual governador paulista ao comando da maior cidade brasileira, não considerou a possibilidade de ser traído, como alertou o UCHO.INFO.
Questionado sobre possível aliança com o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos), Dória elogiou ex-juiz da Lava-Jato, com que tem encontro agendado para o próximo domingo (5). A conversa com Moro não significa que está a caminho uma aliança entre o PSDB e o Podemos, já que a vaidade de Dória não permite ser candidato a vice-presidente, mas pode ser o passo inicial para uma candidatura de terceira via.
Além disso, o governador de SP anunciou que na corrida presidencial quer uma mulher para fazer dupla, possivelmente a senadora Simone Tebet (MDB-MS), elogiada por Dória.
A candidatura de João Dória tem considerável chance de proporcionar ao PSDB mais uma derrota em disputas presidenciais. Afinal, é grande o índice de rejeição do presidenciável tucano, inclusive e principalmente no estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do País.
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