Falso moralismo de Bolsonaro chega ao fim com filiação ao PL do mensaleiro Valdemar Costa Neto

 
O discurso moralista do então candidato Jair Bolsonaro era falso, mas serviu para ludibriar boa parte do eleitorado nacional. Na presidência, faltando pouco mais de um ano para terminar o mandato, Bolsonaro parece não se incomodar com as falácias que marcaram sua campanha rumo ao Palácio do Planalto.

Na reta final da campanha, a poucos dias do segundo turno, Bolsonaro dirigiu-se prometeu aos incautos eleitores acabar com a corrupção. “O Brasil será respeitado lá fora. O Brasil não será mais motivo de chacota junto ao mundo. Aqui não terá mais lugar para corrupção”, disse o outrora candidato.

Três anos depois, Jair Bolsonaro, que há muito é refém do Centrão, agrupamento de parlamentares que se move no terreno do proxenetismo político, filiou-se nesta terça-feira (30) ao Partido Liberal, legenda comandada por Valdemar Costa, condenado e preso na esteira do escândalo do Mensalão.

Durante o evento de filiação, em Brasília, Bolsonaro acionou a última e frágil arma que lhe restou no campo eleitoral: demonizar a esquerda. Com a popularidade e índices de aprovação do governo em queda livre, o presidente disse: “Nós tiramos o Brasil da esquerda, nós todos tiramos. Olha para onde estávamos indo”.

 
A declaração foi dada ao lado de Costa Neto, que além de ter se envolvido no escândalo do Mensalão, em passado recente participou dos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff.

Na política brasileira, infelizmente, coerência é mercadoria em extinção todos sabem, mas um representante da extrema direita tentar se equilibrar com ataques à esquerda é no mínimo uma ópera bufa.

Em meio à grave crise econômica e social, o País precisa de propostas concretas para sair do atoleiro em que se encontra, não de discurso barato e demagogo de quem até agora nada fez em prol da população.

Que ninguém ouse falar do Auxílio Brasil, nova roupagem do Bolsona Família, como ação do governo em benefício dos desassistidos, pois o novo programa social não passa de ensaio para compra de votos da parcela mais pobre da população.

Quando, na campanha presidencial, o UCHO.INFO afirmou que Bolsonaro era o que se conhece como “mais do mesmo”, fomos atacados de forma vil por aqueles que hoje estão arrependidos de terem votado em alguém que é a personificação do embuste. Enfim…

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