Alckmin avalia adiar troca de partido de olho em possível aliança com o ex-presidente Lula

 
Com um pé fora do PSDB, onde muitos integrantes da chamada “velha guarda” perderam espaço para o populismo direitista que tomou conta da legenda, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, adiou a escolha de um novo partido, mas por enquanto não descartou a possibilidade de voltar ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista.

Cortejado pelo PT para fazer dupla com o ex-presidente Lula na corrida presidencial do próximo ano, Alckmin terá de decidir mais adiante se filia-se ao PSD, de Gilberto Kassab, ou ao PSB, de Márcio França.

A migração para o PSD era dada como certa, mas os planos foram adiados diante do flerte dos petistas com o ex-governador de São Paulo. Geraldo Alckmin tem um eleitorado cativo e conservador, o que pode estar retardando sua decisão em relação às disputas eleitorais de 2022.

 
Um eventual acordo com Lula levaria Alckmin ao PSB, abrindo caminho para Márcio França, que já foi vice do tucano, concorrer ao governo do Estado. Nesse cenário há um detalhe que poderá travar as discussões sobre o tema. O PT não abre mão de indicar Fernando Haddad como candidato ao Palácio dos Bandeirantes, sonho de longa data do partido.

Há saídas nada fáceis para dilema que está colocado. A primeira é uma candidatura de França ao Senado, mas não se sabe até que ponto o ex-vice de Alckmin flexibilizaria seu projeto político. A segunda hipótese seria a filiação de Geraldo Alckmin ao PSD, que teria de “rifar” a pré-candidatura de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, ao Palácio do Planalto.

Por enquanto, faltando pouco mais de seis meses para o início oficial das campanhas eleitorais, todos os pré-candidatos permanecem agarrados à vaidade política. É preciso aguardar para saber quem será cabeça de chapa e quem será candidato a vice. Até lá, todos jogam parado, aguardando sinalizações.

De concreto até o momento, entre Alckmin e Lula, há um pacto de não agressões mútuas. Aliás, ambos, que em passado não tão distante viviam à sombra de crispações recíprocas, agora trocam elogios. Quanto tempo durará essa “lua de mel” não se sabe.

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