Após dizer que não interromperia férias, Bolsonaro é internado com suspeita de obstrução intestinal

 
O presidente Jair Bolsonaro foi internado na madrugada desta segunda-feira (3) no hospital Vila Nova Star, na zona sul da cidade de São Paulo, para exames devido à suspeita de nova obstrução intestinal.

A informação foi confirmada inicialmente ao portal UOL pelo médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou Bolsonaro após a facada que o presidente levou no abdome em setembro de 2018, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

Macedo, que está nas Bahamas, afirmou que retornaria a São Paulo nesta segunda-feira para tratar do presidente. O médico afirmou ao portal de notícias que por enquanto não sabe se uma cirurgia será necessária.

“Ele fará tomografia e mais exames para sabermos o que há no abdome. Ainda não sabemos, mas pode ser causado, por exemplo, por um alimento mal mastigado, entre outros fatores”, disse o médico.

O hospital Vila Nova Star comunicou que o quadro de Bolsonaro é estável e que ainda não há previsão de alta. O hospital confirmou que o presidente foi internado por “suboclusão intestinal”, termo técnico para obstrução do intestino.

De acordo com a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom), Bolsonaro deu entrada no hospital para a realização de exames após sentir um desconforto abdominal. “A Secom informa, ainda, que o presidente passa bem e que mais detalhes serão divulgados posteriormente, após atualização do boletim médico.”

O próprio Bolsonaro se manifestou pouco depois e declarou que começou a passar mal após o almoço de domingo. Ele acrescentou que deu entrada no hospital às 3h desta segunda-feira e que está com uma sonda nasogástrica.

Outras cirurgias

Desde a facada em setembro de 2018, Bolsonaro passou por seis cirurgias, quatro delas ligadas ao ataque sofrido em Juiz de Fora. Em 6 de setembro de 2018, dia da do atentado a faca, médicos colocaram uma bolsa de colostomia em Bolsonaro.

Seis dias depois, em 12 de setembro de 2018, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de emergência para retirada de aderências que estavam obstruindo as paredes do intestino delgado.

 
Pouco mais de quatro meses depois, em 28 de janeiro de 2019, ele foi internado para a retirada da bolsa de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal.

Em 8 de setembro de 2019, Bolsonaro foi operado para correção de uma hérnia na região do abdome. Esta foi a última cirurgia devido a ferimentos causados pela facada.

Em 30 de janeiro e 25 de setembro de 2020, ele foi internado e operado, respectivamente, para fazer uma vasectomia e para retirada de cálculo na bexiga.

Na última hospitalização, em julho do ano passado, o presidente ficou quatro dias internado no hospital Vila Nova Star para tratamento de uma obstrução intestinal. Na época, os médicos cogitaram uma nova cirurgia, que foi descartada depois que o intestino do presidente voltou a funcionar normalmente.

Férias interrompidas

A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) que levava Bolsonaro de Joinville, em Santa Catarina, onde o presidente passou alguns dias de férias, pousou no aeroporto de Congonhas no começo da madrugada e, de lá, a comitiva presidencial seguiu para o hospital.

Bolsonaro, que estava em São Francisco do Sul, no litoral catarinense, desde 27 de dezembro. Antes do Natal, o presidente ficou no Guarujá, no litoral de São Paulo, entre os dias 17 e 23.

Alvo de críticas por não interromper a folga diante da grave situação na Bahia, onde mais de 660 mil pessoas foram afetadas por fortes chuvas, e 25 morreram nos últimos dias, o presidente disse que esperava não ser obrigado a interromper as férias por causa da tragédia.

Segundo a imprensa brasileira, durante suas polêmicas férias, com direito a passeios de jet ski, moto e aglomerações, o presidente teve contato com o deputado federal Coronel Armando (PSL), que testou positivo para a Covid-19 um dia após o encontro. (Com agências de notícias)

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