Os médicos da atenção primária da cidade de São Paulo decidiram, em assembleia, entrar em greve a partir da próxima quarta-feira (19). De acordo com o Sindicato dos Médicos de São Paulo, a categoria tem sofrido sobrecarga de trabalho durante a pandemia, principalmente com o avanço da variante ômicron do novo coronavírus.
Entre as reivindicações apresentadas pelos médicos que atuam nas unidades básicas de saúde está a contratação de mais profissionais e o pagamento de horas extras. Em carta aberta divulgada na quinta-feira (13), os profissionais também reclamam da falta de insumos em alguns locais.
“Não temos medicamentos básicos para conduzir duas infecções coexistentes (covid-19 e influenza): dipirona, ibuprofeno, salbutamol, diclofenaco, loratadina, antibióticos acabam nas prateleiras de nossas farmácias”, destaca o texto.
De acordo com o sindicato, caso a Prefeitura de São Paulo e as organizações sociais com contratos para administração de equipamentos de saúde apresentem planejamento para reduzir a falta de profissionais até a próxima segunda-feira (17), a paralisação pode ser revista pela categoria.
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Secretaria de Saúde
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que “vê com estranheza a atitude do Sindicato dos Médicos em decretar greve neste momento”. A pasta destaca que tem mantido diálogo aberto com a categoria e tem atendido parte das reivindicações, como o pagamento de 50% das horas extras do banco de horas.
A secretaria assinala que, recentemente, contratou mais 280 médicos e autorizou as organizações sociais a também ampliarem os quadros de profissionais. A pasta também negou que haja falta de medicamentos.
“Os estoques de insumos estão regularizados e autorizou as OSSs a adquirir itens emergenciais neste momento de pressão que a pandemia provoca no sistema de saúde do município”. (Com ABr)
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