Próximo presidente encontrará “bomba” prestes a explodir, eleição para o Congresso é de suma importância

 
O Brasil vive uma polarização político-eleitoral inédita no período após redemocratização, muito maior do que a de 2018, quando o então candidato Jair Bolsonaro se valeu dos escândalos de corrupção no âmbito da Lava-Jato para ludibriar parte do eleitorado.

Muito tem se falado em candidatura de “terceira via”, mas até o momento nenhum postulante ao Palácio do Planalto foi capaz de convencer os eleitores, mesmo faltando alguns meses para a escolha de quem comandará o País a partir do próximo ano.

Ex-presidente da República, o petista Luiz Inácio Lula da Silva lidera as pesquisas, ao mesmo tempo que acena com a possibilidade de ter o ex-governador Geraldo Alckmin, por enquanto sem partido, como companheiro de chapa. Se por um lado persiste a resistência de algumas alas do PT em relação a Alckmin, por outro seguidores do ex-tucano veem com certa reserva a possível aliança.

Em 2018, Alckmin, que concorreu à Presidência, perdeu a chance de concorrer ao Senado Federal, onde poderia não apenas prestar um enorme serviço ao País, mas mudar a visão de muitos brasileiros a seu respeito. Alckmin é um homem íntegro e um político ponderado, algo que o Brasil precisa em qualquer instância do poder.

Em outro ponto da corrida eleitoral está o PSDB, desfigurado desde a chegada de João Dória Júnior ao partido, e o MDB, de tantas histórias e escândalos, que aposta na candidatura da senadora Simone Tebet (MS). Tucanos e emedebistas trabalham para uma aliança eleitoral, mas Tebet, que vem se destacando no Congresso Nacional, perderia sendo candidata a vice na chapa de Dória. Até porque, o atual governador de São Paulo está empacado nas pesquisas como presidenciável.

O ex-juiz Sérgio Moro, filiado ao Podemos, também vive situação idêntica à de Dória, ou seja, está no segundo pelotão das pesquisas, acompanhado à distância a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro, este último lutando para não deixar seu projeto de reeleição desmoronar de vez. Ciro Gomes, do PDT, tenta evitar o pior em termos de candidatura, enquanto Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, continua na traseira das pesquisas.

 
Os olhares do País estão voltados para a eleição presidencial, mas qualquer pessoa que conheça minimamente sobre política sabe que o próximo inquilino do Palácio do Planalto receberá, além da faixa de presidente, uma bomba econômico-fiscal prestes a explodir. Isso porque Bolsonaro e seus colaboradores conseguiram piorar o que já era ruim. E contaram com a ajuda da pandemia do novo coronavírus.

O mais importante para qualquer partido político é eleger uma bancada parlamentar forte, capaz de fazer contraponto ao próximo presidente da República. Não se trata de fazer oposição rasteira, mas posicionar-se de maneira responsável e defendendo os interesses do Brasil e dos brasileiros, impedindo o show de horrores que temos visto nos últimos três anos.

Os recursos do fundo eleitoral que muitos partidos utilizarão na campanha presidencial podem eleger uma bancada parlamentar numerosa e forte, proporcionando ao País um cenário mais confiável em termos de futuro.

Que ninguém pense que o próximo presidente chegará ao Palácio do Planalto tendo em mãos uma varinha de mágico de circo, pois a situação do Brasil é crítica e preocupante. O País não suporta mais paraquedistas de ocasião.

Não se trata de defender a eleição de um profissional da política, pelo contrário, mas de alguém que tenha a coerência e a responsabilidade como predicados, salvando a democracia e o Estado de Direito de ameaças torpes e seguidas.

Considerando que o brasileiro é avesso a temas relacionados à política, por preguiça em razão de escândalos ou desinformação pura e simples, é grande a possibilidade de termos no Parlamento os mesmos de sempre. Ainda dá tempo de exigir uma mudança.

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