Jair Bolsonaro age na Presidência da República como se estivesse no botequim mequetrefe da esquina mais próxima, onde piadas de péssimo gosto e provocações rasteiras e descabidas recheiam o cardápio. Em outras palavras, Bolsonaro não tem estofo para ser chefe de Estado, talvez seja a pessoa ideal para assumir a portaria da casa de alterne do bairro.
Preocupado com o esfarelamento do seu projeto de reeleição, que sofre com muitas promessas impossíveis de serem cumpridas, o presidente reforçou os ataques a adversários, algo que faz com torpeza impressionante. Mesmo assim, esse comportamento de baixo nível agrada à turba de apoiadores.
Nesta quarta-feira (19), durante conversa com os apoiadores que diariamente se aglomeram no “cercadinho” do Palácio da Alvorada, Bolsonaro criticou a decisão do governador João Dória Júnior (PSDB), de São Paulo, de aumentar a alíquota de ICMS incidente em vários segmentos.
“Ele aumentou o ICMS de tudo, menos do Hipoglós”, afirmou o presidente ao lado da deputada federal Carla Zambelli (PSL), representante bolsonarista de São Paulo que não se incomoda com a sabujice que dedica ao chefe do Executivo.
Zambelli aproveitou a fala do presidente para reforçar a zombaria com o governador paulista. “Advogando em causa própria”, declarou a deputada, que ouviu uma gargalhada de Bolsonaro.
O presidente da República não perdeu a oportunidade e reclamou das multas que recebeu do governo de São Paulo por descumprir decretos sanitários que preveem o uso de máscaras de proteção individual em local público por conta da pandemia do novo coronavírus.
Bolsonaro tem essência ditatorial e por isso acredita estar acima da lei e de todos, além do criminoso discurso negacionista que entoa por toda parte, fazendo a alegria dos ignaros que desprezam à ciência e os especialistas em saúde.
Em qualquer país minimamente sério – não é o caso do Brasil, Bolsonaro já estaria sendo processado por crime de responsabilidade, sem contar as outras transgressões legais que comete nos ataques aos adversários, à democracia e ao Estado de Direito. Isso só não aconteceu ainda porque o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), cobrou muito caro para represar os mais de 140 pedidos de impeachment contra o chefe do Executivo federal.
Tomemos como exemplo a difícil situação do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que corre o risco de ser apeado do cargo por causa de festa particular realizada na residência oficial durante período de isolamento.
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