Morre aos 91 anos, no Rio de Janeiro, a cantora Elza Soares, a “voz brasileira do milênio”

 
A cantora Elza Soares morreu nesta quinta-feira (20), aos 91 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi anunciada pelo perfil oficial do Instagram da artista.

“A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo”, destaca o texto assinado por Pedro Loureiro, Vanessa Soares, familiares e a equipe da cantora, que morreu em casa e de causas naturais.

“É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais. Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação. A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim”, enfatiza a postagem.

Nascida em 23 de junho de 1930, na cidade do Rio de Janeiro, Elza Gomes da Conceição é considerada uma das maiores cantoras da música brasileira, com carreira no samba que começou no final dos anos 50. O início veio como parte da cena do sambalanço com “Se Acaso Você Chegasse”, em 1959.

 
Considerada, em 1999, pela BBC britânica como a “voz brasileira do milênio”, Elza subiu ao palco do Calouros em Desfile, comandado por Ary Barroso, e cantou “Lama”. O primeiro contrato foi assinado em 1960, que incluía uma turnê internacional.

Elza contou recentemente no programa “Conversa com Bial” que começou a fazer o scat (técnica vocal gutural criada por Louis Armstrong e popularizada por Ella Fitzgerald) sem saber.

“Eu botava uma lata de água na cabeça e gemia. Eu pensei, esse barulho vai dar um som maravilhoso”. “Eu achava que ele [Louis Armstrong] me imitava. Eu não conhecia ele”, disse Elza sobre o encontro que teve com o músico na década de 60.

“Eu substitui Ella Fitzgerald na Itália. Ela tinha um show em que cantava Tom Jobim e eu morava por lá com o Mané Garrincha. Foi o Naná Vasconcelos que disse que eu poderia substituí-la”.

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