Preconceito de Bolsonaro em relação aos nordestinos terá dura resposta nas urnas de outubro próximo

 
Ao longo de suja trajetória política, o presidente Jair Bolsonaro sempre apostou em declarações políticas e acreditou ser dotado de elevadas doses de humor, quando na verdade não passa de alguém que chafurda na vala da ignorância e da boçalidade. Prova disso são suas estapafúrdias declarações, sempre ofensivas e marcadas pelo preconceito.

Na campanha presidencial de 2018, o UCHO.INFO afirmou em diversas ocasiões – e mantém tal posicionamento até hoje – ser Bolsonaro um desprovido de estofo e competência para cago de tamanha responsabilidade e importância como a Presidência da República.

Desde o encerramento da eleição, Bolsonaro mantém-se em cima do palanque a vociferar sandices e a promover polemicas, enquanto o País é engolido por um governo pífio e movido pelo radicalismo ultradireitista.

Na quinta-feira (3), durante transmissão de sua enfadonha live semanal, Bolsonaro voltou a destilar seu preconceito em relação aos nordestinos. Ao comentar sobre a decisão de revogar os decretos de luto, cancelada depois de muitas críticas nas redes sociais, o presidente citou o Padre Cícero, santo padroeiro de milhões de nordestinos.

“Falaram que eu revoguei o luto de Padre Cícero. Lá do Pernambuco, é isso mesmo? Que cidade que fica lá?”, questionou o néscio com mandato.

 
Na dúvida, Bolsonaro pediu ajuda aos obedientes auxiliares que compõem sua medíocre plateia e diante do silêncio disparou: “Cheio de pau de arara aqui e não sabem em que cidade fica Padre Cícero, pô?”.

Há muito que Bolsonaro faz piadas com os nordestinos. Em 2018, o então candidato disse em entrevista que era “apaixonado por uma filha de pau de arara”, em referência ao fato de o pai da agora primeira-dama ter nascido em Crateús, no Ceará.

Na ocasião, Bolsonaro reagiu às críticas. “Vamos continuar essa brincadeira nossa, no espírito do humor. E vamos deixar essa coisa de que tudo é preconceito. Não pode fazer piada de gaúcho, piada de cearense é preconceito, de baiano não pode. Vamos acabar com isso. Nosso povo tem um humor maravilhoso, é feliz”, disse.

Se Bolsonaro confunde “humor maravilhoso” como senha para destilar seu preconceito, é chegada a hora de dar um basta, talvez por meio da Justiça. É preciso que alguém se levante contra essa forma estúpida de ser de Jair Bolsonaro, que continua acreditando ser a versão tropical de Aladim, o folclórico gênio da lâmpada maravilhosa.

Mas não foram apenas esses os ataques aos nordestinos. Em 19 julho de 2019, durante reunião com jornalistas, Bolsonaro usou o termo “paraíba” para referir-se aos governadores do Nordeste. “Daqueles governadores de Paraíba, o pior é o do Maranhão. Tem que ter nada com esse cara”, disse o presidente ao ministro Onyx Lorenzoni.

Se por um lado os ataques de Bolsonaro aos nordestinos configuram um impulso na campanha de Lula, que é pernambucano e conta com o apoio dos eleitores da região, os nordestinos, valendo-se da teoria popular de que a “vingança é um prato que se come frio”, darão a resposta virá nas urnas. Faltam poucos meses para isso.

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