(*) Gisele Leite
A falta de consciência em relação à preservação do meio ambiente coloca em perigo nossas serras e população. Infelizmente, não podemos continuar aceitando os falsos discursos sobre preservação das matas originais e a falta de políticas públicas destinadas a dar moradia digna e segura aos cidadãos brasileiros.
Ademais, algumas obras por carecer de crassa visibilidade não são prestigiadas devidamente pelos políticos. Enfim, trata-se de uma tragédia sub-reptícia, sempre hasteada e presente, diante da precariedade das moradias, das serras e, o aumento dos índices pluviométricos. Igualmente, obras pertinentes ao escoamento das águas pluviais devem ser reforçadas e incentivadas.
Segundo os meteorologistas foi a maior chuva desde 1932. Com grande acúmulo de lama e lixo arrastados pelas águas, há diversos pontos do Centro de Petrópolis que estão com vias obstruídas. As aulas na rede pública de educação foram suspensas.
Na localidade conhecida como Morro da Oficina, no Alto da Serra, estima-se que 40 a 50 casas foram afetadas. Mas, há também registros de estragos em outras regiões como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga. Segundo a previsão do Climatempo, mais chuvas fortes ainda devem atingir a Região Serrana do Rio de Janeiro.
A prevenção de desastres naturais depende de planejamento adequado e de sistemas de notificação e, através da gestão da terra e dos recursos hídricos podem existir menores custos com relação aos danos materiais e a perda de vidas humanas.
O referido planejamento requer a cooperação de rede de autoridades estaduais e municipais que trabalham com as agências federais.
As inundações são comuns e, para reduzir os impactos das enchentes, deve-se restaurar e manter várzeas e pântanos. A redução em superfícies impermeáveis é também outra medida que pode prevenir tais desastres.
O monitoramento do clima ajuda a evitar perdas humanas por meio de notificação de padrões climáticos severos. E, os avisos de tempestade permite a preparação adequada, mesmo à evacuação. Instituições recolhem doações para as vítimas da Tragédia em Petrópolis, a Diocese de Petrópolis deixou todas as igrejas de prontidão para receber doações para as pessoas que perderam suas casas.
A CDDH Petrópolis (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) está arrecadando alimentos, cobertos, água potável, itens de higiene pessoal e de limpeza e roupas. As doações podem ser entregues na rua Monsenhor Bacelar, 400, Centro, (subida do Relógio das Flores em frente). A doação também pode ser feita em dinheiro na conta do Banco do Brasil do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (Agência 2885-1, Conta corrente 127599-2), o CNPJ é 27.219.757/0001-27.
A organização comunitária SOSerra também recebe doações através do PIX (24) 993038885.
(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.
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