Pesquisa mostra que Dória é o presidenciável com maior rejeição; Simone Tebet é a menos rejeitada

 
Em 2016, quando Geraldo Alckmin resolveu apadrinhar a candidatura de João Dória Júnior à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, o UCHO.INFO afirmou, sem medo de errar, que o então governador paulista se arrependeria do gesto e o partido experimentaria um dos seus piores momentos.

Dória, que prometeu cumprir até o fim o mandato de prefeito da maior cidade brasileira, abandonou o cargo para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, em 2018, deixando para trás o escândalo de corrupção envolvendo o processo de licitação da Parceria Público-Privada da Iluminação Pública da capital paulista, que à época tinha valor nominal de R$ 6,9 bilhões.

Depois de se unir a Jair Bolsonaro para vencer a eleição para o governo de São Paulo e agora insistindo em sua pré-candidatura à Presidência da República, Dória impõe ao PSDB mais um momento de constrangimento. De acordo com pesquisa CNT/MDA, Dória é o pré-candidato ao Palácio do Planalto com maior rejeição, enquanto a senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem o menor índice de rejeição.

Divulgada nesta segunda-feira (21), a pesquisa CNT/MDA mostra que 66,5% dos entrevistados afirmaram que não votariam em João Dória “de jeito nenhum”. O governador tem sofrido pressão dentro do próprio partido para que desista de concorrer à Presidência, mesmo tendo vencido as prévias partidárias.

O segundo presidenciável mais rejeitado é o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), com 58,2%, seguido do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 55,4%, e de Ciro Gomes (PDT), com 48,4%. O ex-presidente Lula (PT) ocupa a quinta posição no ranking de rejeição, com 40,5%, à frente do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), com 37,4%.

A senadora Simone Tebet (MDB) tem, segundo a pesquisa, apenas 29% de rejeição entre os entrevistados. A parlamentar ganhou visibilidade política após sua destacada participação na CPI da Covid.

Tebet foi protagonista de um dos episódios mais marcantes da CPI, quando foi chamada de “descontrolada” pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, após contestar a atuação do depoente durante a pandemia. À época, a confusão reacendeu o debate sobre machismo e presença feminina na Casa legislativa, já que nenhuma mulher foi eleita como membro titular da CPI da Covid.

 
Avaliação do governo

Para 42,7% dos entrevistados, o governo de Jair Bolsonaro é considerado ruim ou péssimo, enquanto 30,4% consideram como regular e 25,9% como ótimo ou bom.

Na pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2021, 48% dos entrevistados classificavam o governo Bolsonaro como ruim e péssimo. O desempenho pessoal do presidente, por sua vez, segue estável com 61% de desaprovação e 34% de aprovação.

Características dos candidatos

A pesquisa questionou quais são as duas características dos candidatos que os eleitores mais levarão em consideração no momento da escolha do próximo Presidente da República. Para 62,7%, a honestidade é o valor que mais será considerado nas eleições, seguido de competência (52,2%).

As demais características são: novas propostas para o Brasil (36%), trajetória política (17,1%), ser novo da política (4,1%), partido político (2,6%), ser do meio empresarial (1,5%) e outras (2,8%). A pesquisa não obteve resposta de 3% dos entrevistados.

A pesquisa CNT/MDA realizou 2.002 entrevistas, distribuídas em 137 municípios, de 25 unidades da federação, durante os dias 16 a 19 de fevereiro de 2022. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança. O registro junto ao TSE é BR-09751/2022.

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