Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco desiste de concorrer ao Palácio do Planalto pelo PSD

 
Como antecipou o UCHO.INFO, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desistiu de concorrer ao Palácio do Planalto. O parlamentar mineiro anunciou sua decisão nesta quarta-feira (9, destacando que se dedicará ao Senado. Na verdade, Rodrigo Pacheco trabalhará para continuar no comando do Legislativo federal, já que sua reeleição é possível por se tratar de nova legislatura.

Firme no propósito de tentar a reeleição como presidente do Senado, Pacheco já chamou para si a responsabilidade de aprovar a reforma tributária e o projeto que trata dos preços dos combustíveis. O senador mineiro afirmou em discurso no plenário que se dedicará a ambas as pautas.

“Nesse cenário, tenho que dedicar toda a minha energia a conduzir o Senado neste ano fundamental para a tão ansiada recuperação do nosso país. O cargo que me foi confiado por meus pares está acima de qualquer tipo de interesse pessoal ou de ambição eleitoral”, disse Pacheco.

O presidente do Senado aproveitou para enviar um recado ao Palácio do Planalto, que insiste em colocar em xeque a confiabilidade das urnas eletrônicas. “Qualquer tentativa de retrocesso democrático deverá ser rechaçada com veemência pelo Congresso Nacional”, afirmou.

Com a decisão, o presidente nacional do PSD e fundador do partido, Gilberto Kassab, fica com o caminho livre para tentar convencer o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), a se filiar à legenda e concorrer à Presidência da República. Nas prévias do PSDB, Leite acabou derrotado pelo também governador João Dória Júnior, de São Paulo.

 
Pré-candidato ao Palácio do Planalto com o maior índice de rejeição entre os presidenciáveis, Dória sofre pressão de alguns setores do tucanato para que desista da candidatura, abrindo caminho para o partido levar adiante com objetividade as negociações em torno de eventual federação.

O novo cenário pode levar João Dória a uma dificuldade política. Afinal, Dória convenceu o vice-governador Rodrigo Garcia a trocar o Democratas – cuja fusão com o PSL originou o União Brasil – pelo PSDB com a promessa de que seria o candidato natural ao Palácio dos Bandeirantes.

Empacado nas pesquisas e, como citado acima, com índice de rejeição nas alturas, o governador de São Paulo terá de decidir entre trair Garcia e tentar a reeleição ou desistir da política. Lembrando que a chance de Dória se reeleger é próxima de zero.

Por outro lado, Eduardo Leite vem sendo pressionado por correligionários para não trocar de partido, já que essa mudança poderia comprometer os planos do PSDB na formação de uma aliança visando a eleição presidencial.

Essa preocupação é maior quando considerada a possibilidade de o PSD se aliar ao ex-presidente Lula, que, tudo indica, terá Geraldo Alckmin como candidato a vice. A se confirmar esse quebra-cabeças, a candidatura de Dória irá pelos ares.

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