Sites do governo russo e de empresas do país são alvo de ataques cibernéticos “sem precedentes”

 
O Ministério da Transformação Digital da Rússia informou, nesta quinta-feira (17), que sites do governo são alvo de ataques cibernéticos “sem precedentes”. Nas últimas semanas, vários órgãos governamentais e empresas estatais sofreram ataques, incluindo sites do Kremlin, da companhia aérea Aeroflot e do banco Sberbank.

De acordo com o ministério, esforços técnicos estão sendo feitos para filtrar o tráfego com origem na rede de computadores fora da Rússia.

“Se anteriormente sua potência, nos momentos de pico, atingiu 500 gigabytes, agora está em 1 terabyte”, informou. “Isso é duas a três vezes mais poderoso do que os incidentes mais graves desse tipo relatados anteriormente.”

Enquanto a Rússia sofre diversas sanções econômicas impostas pelo Ocidente, o governo de Moscou propôs uma série de medidas para apoiar o setor de Tecnologia da Informação.

Citando documentos preliminares do governo, a agência de notícias russa Interfax informou na quarta-feira (16) que o ministério propôs alocar 14 bilhões de rublos (US$ 134,30 milhões) para apoiar empresas de TI por meio de subsídios. Com aporte financeiro, as companhias teriam acesso a condições preferenciais de impostos e empréstimos.

Na última semana, o Ministério da Transformação Digital realizou reunião com representantes de várias grandes empresas de TI, incluindo os provedores Rostelecom e MTS, a empresa de internet Yandex e o grupo financeiro Sberbank.

 
A pauta principal do encontro foi a retirada de sites russos de vários provedores estrangeiros de armazenamento em nuvem. Para levar adiante esse plano, a Rússia tenta importar servidores. O ministério também já sugeriu que as empresas russas de TI discutissem uma transferência de componentes de suporte técnico com empresas estrangeiras. O plano só avançará se a importação dos tais componentes fora de países alinhados a Moscou, como a China.

Além disso, autoridades russas estão prontas para comprar capacidades de centros comerciais de processamento de dados (DPCs) e assumir o controle de plataformas TI das empresas que saíram da Rússia após o início da invasão ao território ucraniano.

A Ucrânia, por sua vez, também tem registrado ataques cibernéticos. Horas antes de as tropas russas começarem a invasão ao país, dezenas de sites de instituições e bancos ucranianos ficaram inacessíveis. Autoridades locais e serviços de monitoramento digital afirmaram se tratar de um ataque contra o país, o terceiro do tipo neste ano.

Em resposta, o governo da Ucrânia fez um apelo a hackers e especialistas em segurança cibernética para criar “um exército de TI”. Atualmente, há cerca de 35 mil inscritos no canal do Telegram usado por Kiev para a convocação de militares e civis, mas não se sabe exatamente quantos são “soldados” e quantos são jornalistas, pesquisadores ou apenas curiosos.

A maior parte das tarefas no campo digital é defensiva, mas existe a possibilidade de ações ofensivas contra a Rússia, que até o momento não utilizou de forma maciça sua vocação para a chamada “guerra cibernética”.

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