Oscar: noite de premiação tem minuto de silêncio pela Ucrânia e tapa no rosto de comediante

 
“No ritmo do coração” vence como melhor filme

A 94ª edição do Oscar concedeu a estatueta de melhor filme a “No ritmo do coração”, da Apple TV. Foi a primeira vez que uma produção de um serviço de streaming levou o principal prêmio e um grande sucesso para a Apple TV, lançada há menos de três anos. O filme de Sian Heder narra a história de uma adolescente que é a única pessoa que ouve numa família de surdos e sonha em ser cantora.

“Duna” leva seis estatuetas

Estrelado por Timothee Chalamet e Zendaya, “Duna” foi o filme mais premiado deste ano, levando seis das dez estatuetas paras as quais havia sido indicado. Hans Zimmer recebeu o segundo Oscar de melhor trilha sonora de sua carreira. O filme dirigido por Denis Villeneuve também venceu nas categorias melhor fotografia, melhor edição, melhor design de produção, melhor som e efeitos visuais.

Melhor atriz: Jessica Chastain

Jessica Chastain recebeu a estatueta de melhor atriz por seu papel em “Os olhos de Tammy Faye”, baseado na história da maior apresentadora gospel da TV americana, Tammy Faye Bakker. O prêmio foi apresentado por Anthony Hopkins, que não havia comparecido à cerimônia do ano passado para receber a estatueta de melhor ator por “Meu Pai”.

Melhor ator: Will Smith

Will Smith recebeu seu primeiro Oscar por sua interpretação de Richard Williams, pai das estrelas do tênis Venus e Serena Williams, em “King Richard: criando campeãs”. Ele já havia sido indicado duas vezes como melhor ator, por “Ali” (2001) e “À procura da felicidade” (2006).

Tapa no palco

A premiação de Will Smith veio pouco depois de um incidente chocante no palco, quando ele deu um tapa no rosto do apresentador e comediante Chris Rock, depois de uma piada fazendo referência ao cabelo da esposa de Smith, Jada Pinkett Smith. Após uma confrontação que parecia fazer parte do roteiro, o clima ficou pesado quando Smith retornou ao seu assento e gritou: “Deixe o nome da minha mulher de fora da porra da sua boca”. Pinkett Smith foi diagnosticada com alopecia, doença autoimune di que provoca a perda de cabelo.

Ao receber o prêmio de melhor ator, Smith pediu desculpas pelo ocorrido, mas não diretamente a Rock. “Richard Williams foi um ferrenho defensor de sua família’, disse, em referência ao papel pelo qual foi premiado, com lágrimas nos olhos. “O amor te faz fazer coisas malucas”, afirmou o ator

 
Troy Kotsur faz história

Troy Kotsur entrou para a história como o primeiro homem surdo a ganhar um Oscar por sua atuação. Ele recebeu a estatueta de melhor ator coadjuvante por seu papel em “No ritmo do coração’. Ao receber o prêmio, Kotsur disse: “Eu queria apenas dizer que dedico isso à comunidade surda, à comunidade CODA [sigla em inglês para filho de adulto surdo] e à comunidade de portadores de deficiência. Este é o nosso momento.”

Conquista simbólica de Ariana DeBose

Ariana DeBose também fez história com seu prêmio de melhor atriz coadjuvante, tornando-se a primeira atriz afro-latina e abertamente LGBTQ a vencer na categoria. “Para qualquer pessoa que já questionou sua identidade, eu prometo que há um lugar para nós”, declarou ao receber a estatueta, ecoando uma das músicas do filme pelo qual foi premiado, o musical “Amor, sublime amor”, de Steven Spielberg.

Mais uma mulher premiada por melhor direção

O Oscar de melhor direção foi para Jane Campion por “Ataque dos cães”, que disputou a estatueta de melhor filme. Esta foi a primeira vez na história que mulheres foram premiadas em dois anos seguidos nessa categoria, após Chloé Zhao vencer em 2021, com “Nomadland”.

“Encanto” vence como melhor animação

Produção da Disney, “Encanto” ganhou o Oscar de melhor longa-metragem de animação. Aclamado por seu realismo mágico e suas músicas, o filme foi escolhido entre uma série de produções diversas – incluindo o documentário sobre refugiados afegãos “Flee”; “Luca”, da Pixar, ambientado na Itália; a comédia familiar “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”; e “Raya e o último dragão”, também da Disney.

Melhor filme internacional

O épico japonês “Drive My Car” ganhou o Oscar de melhor longa-metragem internacional. Dirigido por Ryusuke Hamaguchi, o filme se tornou o quinto do Japão a ganhar um Oscar, sendo o último “A Partida” (2008). Entre os indicados na categoria estavam “A Mão de Deus”, da Itália; “Flee”, da Dinamarca; “A Felicidade das Pequenas Coisas”, do Butão; e “A Pior Pessoa do Mundo”, da Noruega.

Minuto de silêncio pela Ucrânia

A cerimônia teve um minuto de silêncio pela Ucrânia. Entre os que mostraram gestos de apoio à Ucrânia estiveram a atriz sul-coreana Youn Yuh-jung (Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2021, por “Minari”), a compositora Diane Warren, o compositor Nicholas Britell e a atriz Jamie Lee Curtis. Eles usaram fitas azuis que diziam #WithRefugees para mostrar apoio aos que fugiram da Ucrânia desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro. (Com Deutsche Welle e agências internacionais)

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