Estados Unidos boicotarão reuniões do G20 se Rússia estiver presente

 
Em razão da guerra na Ucrânia, os Estados Unidos pretendem boicotar algumas reuniões do G20, se representantes da Rússia estiverem presentes, informou nesta quarta-feira (6) a secretária do Tesouro, Janet Yellen.

“Não participaremos de várias reuniões quando os russos estiverem lá”, disse Yellen em audiência na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos.

Segundo ela, a decisão já foi comunicada a seus colegas da Indonésia, país que atualmente preside o grupo dos 20 países industrializados e emergentes mais importantes do mundo. Yellen não especificou de quais reuniões os americanos ficariam de fora.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu no mês passado que a Rússia fosse excluída do G20, mas a China se manifestou contra.

A presidência indonésia do G20 convidou os líderes do grupo – incluindo Biden e o presidente russo, Vladimir Putin – para um encontro em Bali, nos dias 15 e 16 de novembro.

Novas sanções

A já conturbada relação entre Rússia e Estados Unidos vem se deteriorando cada vez mais desde o começo da invasão russa na Ucrânia. Esta semana, Biden chamou Putin de “criminoso de guerra”.

 
Nesta quarta-feira, os EUA impuseram uma nova rodada de sanções contra Moscou que atingem, também, as filhas do presidente russo, Vladimir Putin, e outros familiares de integrantes do governo.

Além de Maria Vorontsova, 36 anos, e Katerina Tikhonova, 35, filhas do presidente da Rússia, as punições financeiras divulgadas pelo governo Biden alcançam também a mulher e a filha do ministro do Exterior do país, Sergei Lavrov, e membros do Conselho de Segurança, a exemplo do ex-presidente e primeiro-ministro, Dmitry Medvedev. As medidas bloqueiam o acesso ao sistema americano e congelam ativos que estão no país.

As mais recentes sanções foram direcionadas ao Sberbank, que detém um terço dos ativos bancários totais da Rússia, e ao Alfabank, a quarta maior instituição financeira do país. Com isso, o governo americano irá proibir o trânsito de ativos via sistema financeiro dos EUA, impedindo, assim, que os americanos façam negócios com essas instituições.

“Hoje, junto com nossos aliados e parceiros, estamos anunciando uma nova rodada de sanções devastadoras. Eu deixei claro que a Rússia pagaria um preço severo e imediato por suas atrocidades em Bucha”, declarou Biden em uma mensagem no Twitter, referindo-se à cidade retomada pelo exército ucraniano onde centenas de civis foram encontrados mortos.

Os bancos Sberbank e Alfabank disseram que as sanções não teriam impacto significativo em suas operações. (Com agências internacionais)

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