Papa condena massacre na Ucrânia e beija bandeira vinda de Butcha, palco de genocídio

 
O Papa Francisco criticou nesta quarta-feira (6) a “crueldade cada vez mais horrível” que atinge a Ucrânia e condenou o massacre na cidade ucraniana de Butcha, a poucos quilômetros de Kiev. Ele recebeu um grupo de crianças ucranianas que tiveram de fugir de seu país e beijou e abençoou uma bandeira proveniente de Butcha, onde centenas de civis foram mortos.

“As recentes notícias da guerra na Ucrânia atestam novas atrocidades, como o massacre de Butcha, uma crueldade cada vez mais horrível, cometida também contra civis indefesos, mulheres e crianças”, disse o Papa em sua audiência semanal, no Vaticano.

“São vítimas cujo sangue inocente clama ao céu e implora: acabemos com esta guerra, silenciemos as armas! Paremos de semear morte e destruição!”, acrescentou.

Pouco depois, o pontífice desfraldou uma bandeira vinda da cidade de Butcha diante dos milhares de fiéis reunidos no salão Paulo 6°. “Ontem, direto de Butcha, me trouxeram esta bandeira. Esta bandeira vem da guerra, da cidade martirizada de Butcha”, declarou, antes de beijar a bandeira visivelmente enegrecida pelos combates.

Francisco acolheu no altar o grupo de crianças, acompanhado de suas famílias, e entregou a elas alguns ovos de Páscoa.

“Estas crianças tiveram que fugir e chegar a uma terra estranha: este é um dos frutos da guerra. Não os esqueçamos, e não esqueçamos o povo ucraniano”, pediu. “É difícil ser desenraizado da própria terra por causa de uma guerra”, destacou.

 
Elogios à Polônia

Durante a audiência, na presença de alguns poloneses, Francisco também elogiou o empenho da Polônia em receber mais de três milhões de refugiados.

“Vocês demonstraram uma extraordinária e exemplar generosidade para com nossos irmãos e irmãs ucranianos, para os quais abriram seus corações e as portas de suas casas”, disse o Papa.

O pontífice também lamentou “a impotência das organizações internacionais” face ao conflito.

“Após a 2ª Guerra Mundial, foram feitas tentativas para lançar as bases para uma nova história de paz, mas, infelizmente, a velha história de grandes potências concorrentes foi perpetuada. E na atual guerra na Ucrânia, somos testemunhas da impotência das organizações”, destacou.

No último domingo (3), ao regressar de uma viagem a Malta, o Papa expressou “a sua disponibilidade” para ajudar a silenciar as armas na Ucrânia e disse estar pronto para visitar Kiev.

“A guerra é sempre uma crueldade, uma coisa desumana e vai contra o espírito humano – não digo espírito cristão – contra o espírito humano”, disse o Papa na ocasião. (Com agências internacionais)

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