As movimentações no 45º dia de guerra na Ucrânia, no sábado (9), trouxeram novos elementos que apontam para um combate mais prolongado e violento no sul e no leste da Ucrânia.
O Ministério da Defesa britânico informou que as atividades aéreas das Forças Armadas russas irão se intensificar nessas duas regiões da Ucrânia, que já enfrentam continuado bombardeios aéreos.
De acordo com a inteligência britânica, o foco das forças russas, que se retiraram do entorno de Kiev após diversas derrotas para forças ucranianas, é no momento a região de Donbass, no Leste, e as cidades de Mariupol e Mykolaiv, no Sul do país invadido.
Segundo o serviço de inteligência do Reino Unido, o objetivo de Moscou de estabelecer um corredor por terra entre a Crimeia e a região de Donbass, porém, “segue sendo frustrado” pelas forças ucranianas.
As Forças Armadas da Ucrânia informaram que os combates na região do Donbass seguem ocorrendo, e que a Rússia está tentando no momento dominar as cidades de Rubishne, Nizhne, Popasna e Novobakhmutivka e obter o controle total da cidade de Mariupol, que está cercada há várias semanas.
Na sexta-feira, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse haver relatos de dezenas de milhares reservistas russos sendo enviados para reforçar as unidades próximas à região de Donbass, após Moscou ter perdido muitos militares ao norte de Kiev.
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Previsão de combate “sangrento”
Uma autoridade do Ministério da Defesa dos Estados Unidos afirmou na última sexta-feira (8) que milhares de militares russos estão sendo mobilizados próximos de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, e na região de Donbass, onde ele prevê uma luta “violenta, muito sangrenta e muito feia”.
O oficial americano afirma que o número de unidades táticas da Rússia na região da cidade russa de Belgorod, próxima à fronteira e de Kharkiv, subiu de 30 para 40 nos últimos dias. A agência de notícias “dpa” informou que essas unidades têm cada uma de 600 a mil soldados.
Essa autoridade disse haver indicativos de que a Rússia estaria tentando recrutar mais 60 mil soldados para atuarem na guerra.
É provável, segundo o oficial dos EUA, que haverá longos e intensos combates na região, pelo fato de tanto a Ucrânia como a Rússia conhecerem bem esse território, após anos de conflitos na área. Suas declarações foram publicadas pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que não divulgou seu nome. (Com agências internacionais)
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