Populista insurreto, o presidente Jair Bolsonaro tem postura nauseante quando recorre ao oportunismo rasteiro e covarde. Depois de declarar solidariedade à Rússia dias antes da criminosa invasão ao território ucraniano, Bolsonaro agora sugere a criação de uma comitiva de presidentes para visitar Vladimir Putin, em Moscou, e tentar um acordo de paz.
A sugestão foi feita às autoridades da Turquia na última semana, durante a vista do chanceler turco, Mevlüt Çavusoglu, ao Palácio do Planalto. A ideia é absurda e confirma o despreparo de Bolsonaro para o posto de chefe de Estado.
No Itamaraty, grupos de diplomatas classificaram a proposta como “megalomaníaca”, enquanto mediadores do conflito entre Moscou e Kiev afirmaram que o momento não é para “show”, ou seja, não há espaço para espetáculos de populismo criminoso.
A Ucrânia, palco da maior catástrofe humanitária desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), tem resistido bravamente aos ataques das forças russas, sem que até o momento Bolsonaro tenha se manifestado a favor do povo ucraniano.
Bolsonaro fez de sua recente vista a Vladimir Putin um episódio grotesco para demonstrar aos seus seguidores uma interlocução internacional que não existe. O encontro entre ambos ocorreu depois que os Estados Unidos e a União Europeia rejeitaram os acenos fáceis e irresponsáveis de Bolsonaro.
Desde o primeiro momento da invasão à Ucrânia, o governo brasileiro tem evitado ao máximo condenar a ação criminosa de Putin nos órgãos internacionais, não sem antes defender que a Rússia não seja suspensa do G20 e se abster em votações de várias resoluções da ONU contra Moscou.
Não por acaso, o Brasil, pelo terceiro ano consecutivo, não foi convidado para participar do encontro das sete maiores economias do planeta (G7) – Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Japão e Canadá, além da União Europeia. Reflexo de uma política externa absurda e desastrada.
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