Comediante de lupanar, Bolsonaro tenta ser engraçado (sic) e comete crime de injúria racial

 
O presidente Jair Bolsonaro (PL) insiste em recorrer à delinquência intelectual para tentar ser engraçado. Pelo que se sabe, em 2018 o brasileiro foi às urnas com o objetivo de escolher o chefe de governo, não um humorista mequetrefe que não faz rir nem mesmo os frequentadores da casa de alterne mais próxima.

Nesta quinta-feira (12), Bolsonaro voltou a usar uma expressão racista durante conversa com os simpatizantes que diariamente se aglomeram no “cercadinho” do Palácio da Alvorada.

Rindo, o presidente perguntou quantas “arrobas” pesava um apoiador negro que se encontrava na saída da residência oficial da Presidência da República. “Conseguiram te levantar, pô? Tu pesa o quê, mais de sete arrobas, não é?”, disse Bolsonaro.

Em seguida, o presidente também lembrou que já foi processado pelo crime de racismo por ter usado a mesma expressão, ironizando a sentença judicial. Em 2017, em palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, Bolsonaro, que à época cumpria mandato de deputado federal, afirmou que esteve em uma comunidade quilombola e “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”. Na ocasião, em referência à visita, o então parlamentar disse: “Não fazem nada, eu acho que nem pra procriador servem mais”.

 
O caso foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas a denúncia foi rejeitada, em 2018, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018 por 3 votos a 2, sob argumento de que ele teria imunidade parlamentar.

Bolsonaro chegou a ser condenado pela 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro a pagar multa de R$ 50 mil, mas os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) reverteram a decisão em setembro de 2018.

Após ter um primeiro recurso negado, o Ministério Público Federal desistiu de recorrer. O TRF-2 certificou o trânsito em julgado em maio de 2019, livrando Bolsonaro de responsabilidade.

O presidente Jair Bolsonaro precisa urgentemente procurar a ajuda de um psicólogo, talvez de um psiquiatra, pois as agressões gratuitas a negros, quilombolas, indígenas, mulheres, refugiados e LGBTs são recorrentes e só podem ser decifradas em longas sessões no divã. A sorte de Bolsonaro é que por enquanto ignorância e estupidez não podem ser pesadas.

É inaceitável o fato de o presidente de uma nação de maioria negra agir de maneira criminosa e permanecer impune porque a PGR reza por sua cartilha. Resta torcer para que a população, em especial os negros, reaja à altura quando estiver diante das urnas em outubro próximo. Até porque, o Brasil não é circo nem hospício.