O presidente da Rússia, Vladimir Putin, teria sido alvo de frustrado atentado há dois meses, de acordo com o chefe de Inteligência de Defesa da Ucrânia, Kyrylo Budanov. A ação teria ocorrido na região do Cáucaso, que inclui territórios de Armênia, Azerbaijão, Geórgia e partes do Sul da Rússia. Até o momento, o governo russo não comentou as informações de Budanov.
“Ele foi até atacado na linha de, como dizem, representantes do Cáucaso, não muito tempo atrás. Esta é uma informação não pública. Tentativa absolutamente mal-sucedida, mas realmente aconteceu. Foi a cerca de dois meses atrás. Mais uma vez, ele não teve sucesso. Não há publicidade sobre esse evento, mas aconteceu”, contou Budanov, em entrevista ao canal de notícias Ukrayinska Pravda.
O trecho faz parte de uma entrevista ao canal de notícias, que será divulgada na íntegra nesta terça-feira (24). A tentativa de assassinato teria ocorrido nas primeiras semanas da invasão à Ucrânia pela Rússia, em fevereiro, enquanto o presidente russo estava em viagem.
Putin ainda teria enfrentado pelo menos quatro outras tentativas de assassinato no passado, segundo o Kremlin. Em 2012, um plano foi frustrado pela inteligência russa pouco antes das eleições presidenciais no país. Vários homens foram presos na cidade de Odessa, na Ucrânia, depois de terem sido apontados como encarregados de matar Putin por rebeldes islâmicos chechenos.
O líder russo também teria enfrentado uma tentativa de assassinato semelhante no dia da eleição presidencial de 2008, com um atirador tadjique preso horas antes de Putin fazer um discurso na Praça Vermelha, em Moscou. Homens-bomba também teriam considerado realizar um atentado contra Putin durante viagem à capital iraniana, Teerã, em 2007.
Recentemente, Budanov informou que “Putin está gravemente doente” em decorrência de um câncer e que um golpe já estaria em andamento na Rússia para removê-lo do poder. O Kremlin, contudo, negou os rumores sobre a suposta doença.
