Ex-modelo, jornalista e escritora, Danuza Leão morreu nesta quarta-feira (22), aos 88 anos, no Rio de Janeiro. Uma das mais destacadas colunistas da sua geração, Danuza sofria de enfisema pulmonar e morreu de insuficiência respiratória na Clínica São Vicente, na zona sul da capital fluminense, onde estava internada.
Uma das mais importantes e festejadas personalidades da sociedade carioca do século 20, Danuza Leão foi um dos rostos mais marcantes da indústria da moda em seu tempo. Tornou-se uma cronista polêmica e reconhecida na imprensa do País. Foi colunista do Jornal do Brasil, Folha de S.Paulo e O Globo.
Entre seus principais livros constam os best-sellers “Na sala com Danuza” (1992), com dicas sobre etiqueta social, e “Quase tudo”, autobiografia em que narra a vida intensa e marcada por casamentos com figuras destacadas, como o jornalista Samuel Wainer, fundador do icônico jornal “Última Hora”, com quem teve três filhos. Também foi casada com o compositor e cronista Antônio Maria e o jornalista Renato Machado.
O livro “Quase Tudo” recebeu o Prêmio Jabuti. Também escreveu “Danuza Leão Fazendo as Malas” (2008), também ganhador do Jabuti; “Danuza Leão de Malas Prontas” (2009) e “É Tudo Tão Simples” (2011).
Danuza Leão nasceu em Itaguaçu, no interior do Espírito Santo, em 26 de julho de 1933. Aos dez anos, ela e a família se mudaram para o Rio de Janeiro. Ainda na década de 50, estreou como modelo, sendo a primeira brasileira a desfilar no exterior.
Irmã da cantora Nara Leão (1942-1989), Danuza acompanhou o nascimento da Bossa Nova em seu apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio, onde se reuniam os grandes cantores e compositores da época.
Como atriz, Danuza Leão participou, em 1967, do filme “Terra em Transe”, na pele da personagem Sílvia. O filme teve roteiro e direção de Glauber Rocha.
Deixa dois filhos, a artista plástica Pinky Wainer e o empresário cinematográfico Bruno Wainer. Seu filho Samuel Wainer Filho, jornalista como o pai, morreu num acidente automobilístico em 1984. O corpo de Danuza Leão será cremado no Cemitério do Caju, em data e horário ainda não definidos.
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