Após a morte da rainha Elizabeth II, começa o reinado de Charles III

 
Depois de 73 anos de espera, o agora ex-príncipe Charles é o novo rei do Reino Unido. Nesta quinta-feira (8), pouco depois da morte da rainha Elizabeth II, o Palácio de Buckingham, a residência dos monarcas britânicos, divulgou comunicado em nome do novo rei.

“A morte de minha querida mãe, a rainha, é um momento de muita tristeza para mim e para todos os membros da minha família”, disse Charles, em seu primeiro comunicado como monarca. “Nós estamos de luto profundo pela morte de uma soberana querida e uma mãe muito amada. Eu sei que sua morte será sentida profundamente pelo país, pela Commonwealth e por incontáveis pessoas pelo mundo. Durante este período de luto e mudança, minha família e eu seremos confortados e sustentados pelo nosso conhecimento do respeito e do carinho tão profundamente cultivados pela rainha”, conclui o texto.

Já a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, que assumiu o poder há apenas dois dias, fez um pronunciamento se referindo a Charles, como o “rei Charles III”.

“Hoje a Coroa passa, como há mais de mil anos, para nosso novo monarca, nosso novo chefe de Estado, Sua Majestade o Rei Charles III. (…) Nós oferecemos a ele nossa lealdade e devoção, assim como sua mãe nos dedicou tanto por tanto tempo, disse Truss, que concluiu afirmando “Deus salve o rei!”.

 
Com 73 anos, Charles é o monarca mais velho a iniciar um reinado no Reino Unido. Nos últimos anos, ele já vinha assumindo várias funções protocolares da mãe, conforme a saúde de Elizabeth entrava em declínio. Agora, a esposa de Charles, Camilla, deve receber o título de rainha consorte.

A morte da rainha, após um reinado de 70 anos, também alterou a linha sucessória da coroa britânica. Agora, o filho mais velho de Charles, o príncipe William, é o primeiro na linha sucessória, seguido pelo neto mais velho do rei, o príncipe George.

À frente da coroa, Charles III terá pela frente a missão de conquistar a mesma popularidade da sua mãe, que por sete décadas foi encarada como um símbolo de estabilidade e unidade, ajudando a manter a instituição da monarquia sem muitos questionamentos decisivos.

Para Charles, não deve ser uma tarefa tão simples. Uma pesquisa divulgada no primeiro semestre apontou que 75% dos britânicos avaliavam positivamente Elizabeth. A porcentagem foi de 42% para Charles, mais baixa que a do seu filho William que aparece com 66%.

Pesquisa do YouGov do segundo trimestre deste ano mostra que enquanto 75% dos britânicos tinham uma opinião positiva de Elizabeth II, o índice para Charles é de 42%. Seu filho William, primeiro na linha de sucessão, tem 66%.

A escolha do nome Charles III também evoca paralelos contrastantes. O primeiro monarca britânico a usar o nome Charles I (1600-1649), foi deposto e executado pelos puritanos liderados por Oliver Cromwell. Já Charles II (1630-1685) assumiu o trono após a restauração da monarquia, em 1660, e é considerado por historiadores um rei que foi popular na sua época. (Com agências internacionais)


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