Comportamento inadequado de Bolsonaro gera desânimo entre os integrantes da campanha à reeleição

 
Não é dos melhores o clima nos bastidores do governo do presidente Jair Bolsonaro, principalmente no terreno da campanha pela reeleição. O chefe do Executivo tem ignorado as recomendações do núcleo duro de campanha, assim como integrantes do governo, não palacianos, enfrentam dificuldades para administrar determinadas situações.

Depois das gafes cometidas em Londres durante o funeral da rainha Elizabeth II, mandatário brasileiros protagonizou fiascos em Nova York, onde, na terça-feira (20), discursou na abertura da 77ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas.

Bolsonaro tinha um encontro agendado com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na manhã de terça-feira, mas não compareceu. Preferiu conversar com apoiadores que estavam diante do hotel em que estava hospedado.

Após discursar, Jair Bolsonaro deixou rapidamente a sede da ONU, situação que colocou os membros da diplomacia brasileira em situação de dificuldade. O presidente optou por um encontro em churrascaria de Nova York, onde se reuniu com 250 apoiadores e integrantes da comitiva.

 
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No restaurante, Bolsonaro subiu em uma cadeira e discursou para os presentes, afirmando mais uma vez ser “imbrochável”. “Além de imbrochável, eu sou outras coisas também”, disse o presidente.

Citado nas comemorações do Sete de Setembro, o termo “imbrochável” produziu resultados negativos em termos eleitorais, especialmente entre as mulheres, onde Bolsonaro enfrenta resistência. Mesmo assim, o presidente insiste em provar sua virilidade, assunto que avança cada vez mais no campo da dúvida.

Com as pesquisas eleitorais mostrando Bolsonaro estagnado na segunda posição, atrás do petista Lula, a equipe de campanha do presidente enfrenta um novo adversário: o desânimo. Por mais que diante de câmeras e microfones as demonstrações de otimismo se repetem, a realidade é bem diferente.

Esse cenário permite concluir que faltando 11 dias para o primeiro turno, Bolsonaro tende a radicalizar o discurso contra Lula, o que pode incitar a violência política. Não por acaso, o Supremo Tribunal Federal (STF)) formou maioria para suspender os decretos presidenciais que facilitam o acesso a armas de fogo.


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