Ciro delira em pronunciamento e mostra desinteresse em salvar a ameaçada democracia brasileira

 
Candidato do PDT à Presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes não surpreende aqueles que acompanham a política brasileira com proximidade e conhecem sua trajetória. Desprovido de humildade e mostrando mais uma vez que as reais ameaças à democracia pouco importam, Ciro insiste em uma candidatura que está empacada nas pesquisas.

Uma eventual desistência por parte do pedetista foi descartada na manhã desta segunda-feira (26), como afirmou o candidato em pronunciamento à nação. Ciro chamou de “gigantesca e virulenta campanha” o movimento para deixar a corrida ao Palácio do Planalto.

“Minha candidatura está de pé para defender o Brasil em qualquer circunstância, e meu nome continua posto como firme e legítima opção para livrar nosso país de um presente covarde e futuro amedrontador”, afirmou.

“Agora, na reta final da campanha mais vazia da história, embalam tudo no falso argumento do voto útil. Com esta pregação, querem eliminar a liberdade das pessoas de votarem”, disse o candidato, que começa a ficar isolado no PDT.

O pedetista tem sofrido pressão de ex-apoiadores e personalidades políticas da América Latina para desistir da candidatura em prol do voto útil em Lula, que tem chances de vitória no primeiro turno.

 
Contudo, Ciro Gomes se nega a renunciar e, no pronunciamento, citou nominalmente os adversários, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula da Silva (PT), a quem chamou de “forças do atraso”. Ele também disse que o atual presidente é a “cria maligna” de Lula.

“Nada deterá a minha disposição de seguir em frente a empunhar a bandeira do novo projeto nacional de desenvolvimento e também a denunciar os corruptos, farsantes e demagogos que tentam ludibriar a fé popular com falsas promessas”, afirmou.

Ciro alegou que o país está “na iminência de sofrer a maior fraude eleitoral da nossa história”. “Não a mentirosa fraude das urnas eletrônicas, inventada por Bolsonaro, mas a fraude do estelionato eleitoral que sofrerão as vítimas que apertarem, nas urnas invioláveis, o 13 ou 22 [números de Lula e Bolsonaro, respectivamente]”.

O discurso de Ciro é delirante e mostra de forma inequívoca que sua postura totalitarista e semelhante à de Jair Bolsonaro, para quem a democracia pode ser aviltada em nome de um projeto de poder e de criação de uma sociedade retrógrada.

A teimosia de Ciro Gomes só tem uma explicação, mesmo que ele discorde em alguns momentos: o pedetista é a via auxiliar de Bolsonaro para tentar vencer a corrida presidencial e impor derrota a Lula e os petistas.

Ciro afirmou que deixará de concorrer a cargos eletivos caso seja derrotado novamente nas urnas. A decisão do pedetista, se confirmada, é a mais acertada, pois ele sairá da disputa menor do que entrou. Em suma, Ciro Gomes é um mequetrefe “coronel” do sertão que tenta impor suas vontades à força.


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