Presidente do PL, Valdemar Costa Neto contraria Bolsonaro e afirma não existir “sala secreta” no TSE

 
O discurso golpista do presidente Jair Bolsonaro contra o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas caiu por terra às vésperas das eleições. Nesta quarta-feira (28), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, recebeu representantes de diversos partidos políticos e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, para provar a inexistência de uma sala secreta destinada à contagem de votos.

Entre os que visitaram o TSE estava o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que afirmou não existir sala secreta, como vem divulgando Jair Bolsonaro. “Não tem mais [sala secreta]. Agora é aberta”, disse Valdemar ao visitar o setor.

Diferentemente do que afirmou Valdemar Costa Neto, jamais existiu a tal “sala secreta”. O acesso ao setor de apuração de votos sempre foi franqueado aos partidos e fiscais das eleições em pleitos anteriores.

Além do presidente do PL, acompanharam a visita representantes do PT, PDT, PTB, União Brasil e o ministro da Defesa. Também visitaram o espaço integrantes de entidades de observação das eleições.

 
Após a visita, o presidente do TSE disse que a sala não é “secreta” nem “escura”, repetindo termos usados por Bolsonaro. “Não há contagem manual de votos. A partir do momento em que cada urna eletrônica é finalizada, já sai o boletim de urna com os votos. Isso entra no sistema. Esse sistema faz a totalização a partir do programa que nós mesmos lacramos nas urnas”, disse Moraes.

No setor trabalham 20 funcionários do TSE que desenvolvem e monitoram os sistemas que recebem os dados dos boletins de urna para a totalização dos votos. Ao contrário do que mentirosamente afirma Bolsonaro, esses servidores não interferem no resultado das eleições.

“Essas pessoas, no dia da eleição, não contam votos. Essas pessoas monitoram o ambiente de informática para que os sistemas já lacrados sejam executados de maneira adequada, sem sobressaltos”, declarou o secretário de tecnologia da informação do TSE, Júlio Valente.

“Nas telas vão estar acompanhamentos de recebimento de boletins de urna, de geração de arquivos para consulta da imprensa e acompanhamento dos sistemas de informática”, afirmou Valente sobre as informações apresentadas no setor durante das eleições.

Resta saber até quando Jair Bolsonaro sustentará a pífia teoria da conspiração, lançada com antecedência para justificar eventual derrota nas urnas, algo que as pesquisas de opinião dão como quase certo. O presidente da República deveria ter um lapso de coerência e admitir que seu governo foi um desastre, sem contra as sucessivas ameaças à democracia.


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