Presença de Moro na tropa de choque de Bolsonaro no debate da Band ratifica uma farsa conhecida

 
A participação do ex-juiz e senador eleito Sérgio Moro no grupo que assessorou o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, no debate da TV Bandeirantes comprovou as afirmações do UCHO.INFO. Em nome de um projeto de poder, o ex-juiz da Lava-Jato atropelou a lei sem cerimônia.

Faltando pouco mais de três meses para assumir o mandato de senador pelo Paraná, Moro é a fulanização do desrespeito à lei e ao Estado Democrático de Direito. Isso faz com que sua chegada à mais alta Casa legislativa do País seja mais um escárnio com o qual os brasileiros parecem conviver pacificamente.

Depois de deixar o atual governo “atirando” contra o presidente da República, Sérgio Moro agora mostra desconhecer o significado de autoestima e vergonha. O ex-ministro da Justiça afirmou por ocasião de sua demissão, que Bolsonaro pretendia interferir na Polícia Federal. De acordo com o ex-juiz, o presidente queria ter na PF alguém de sua confiança para obter informações privilegiadas.

 
Moro usou sua conta no Twitter para chamar o chefe do Executivo de mentiroso e não ser digno de ocupar a Presidência da República. “Assim como Lula, Bolsonaro mente. Nada do que ele fala deve ser levado a sério. Mentiu que era a favor da Lava Jato, mentiu que era contra o Centrão, mentiu sobre vacinas, mentiu sobre a Anvisa e o Barra Torres e agora mente sobre mim. Não é digno da Presidência”, escreveu.

De olho nos votos dos eleitores de centro, Moro não se preocupou com a subserviência e aproveitou o período eleitoral para se aproximar de Bolsonaro, como se a opinião pública desconhecesse os ataques que fez ao presidente e vice-versa. O ex-juiz justificou a aproximação com a desculpa de que ambos têm o mesmo adversário, no caso o ex-presidente Lula.

A presença de Sérgio Moro nos estúdios da TV Bandeirantes confirmou o que a extensa maioria dos legalistas já sabe: Lula foi julgado ao arrepio da lei, pois o então juiz da Lava-Jato ignorou o direito constitucional à ampla defesa e ao devido processo legal. Além disso, Lula foi condenado com base em indícios, o que configura uma aberração jurídica.

Não nos cabe o papel de defensor do ex-presidente Lula, até porque o editor foi responsável pelas primeiras denúncias acerca do esquema de corrupção que ficou conhecido como Petrolão. Contudo, como jornalistas temos o dever profissional de informar aos leitores que ninguém deve ser julgado além das fronteiras da lei. Os mais exaltados entendem nosso posicionamento como ser “lulista”, mas a esses obtusos temos uma só resposta: somos civilizados.


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