Alexandre de Moraes fixa prazo para Ministério da Defesa apresentar documentos sobre auditoria nas urnas

 
O discurso golpista do presidente Jair Bolsonaro contra o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas contou com participação pífia e subserviente das Forças Armadas. Mais precisamente do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o sabujo fardado.

Entre as muitas e infrutíferas investidas do ministro da Defesa contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas uma prosperou, mesmo assim esvaziada pelo golpismo reinante no Palácio do Planalto: auditoria nas urnas eletrônicas no primeiro turno das eleições deste ano.

Encerrado o primeiro turno, o ministro Paulo Sérgio, com base em informações e relatórios elaborados por técnicos das Forças Armadas, decidiu não divulgar o trabalho da auditoria. Na verdade, a decisão foi de Bolsonaro, que insiste em manter o suspense para eventual contestação dos resultados do segundo turno.

Depois de toda a algazarra produzida pelo ministro da Defesa, não divulgar os resultados é, além de deboche com a opinião pública, preâmbulo de uma tentativa de golpe, há muito anunciada pelo UCHO.INFO.

 
Presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, atendendo a pedido formulado pela Rede Sustentabilidade, fixou o prazo de 48 horas para que o Ministério da Defesa apresente os documentos relativos à aludida auditoria.

No pedido, a Rede alegou que Bolsonaro defendeu durante determinada transmissão pela internet a realização de auditoria nas urnas eletrônicas e que o procedimento não fosse executado pela própria Justiça Eleitoral.

No despacho, Moraes, além da fixação do prazo para apresentação dos documentos, determinou que o Ministério da Defesa deverá informar a fonte dos recursos usados para viabilizar a auditoria. O magistrado também fixou prazo de 5 dias para o presidente da República apresentar defesa.

“[Determino] ao Ministério da Defesa que, no prazo de 48 (quarenta e oito horas) preste as devidas informações, mediante a apresentação de cópia dos documentos existentes sobre eventual auditoria das urnas, com a correspondente fonte do recurso empregado”, escreveu Moraes na decisão.


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