No próximo domingo, dia de eleição, a escolha será entre a civilização e a barbárie

 
(*) Waldir Maranhão

Dividido por uma polarização política jamais vista, o Brasil irá às urnas no próximo domingo, 30 de outubro, para decidir o seu futuro. Diante das urnas, o eleitor poderá escolher entre salvar a democracia ou mantê-la no terreno das ameaças totalitaristas.

Desde 2018, os brasileiros têm convivido com a intolerância, o discurso de ódio, o negacionismo, o desrespeito ao próximo, o retrocesso em todos os sentidos. Por tudo o que vivi na estrada da vida, esse quadro com que nos deparamos não é o mais recomendável, pelo contrário.

O Brasil precisa avançar, criar condições para que todos os cidadãos tenham as mesmas oportunidades, os mesmos pontos de partida. Só assim é possível falar em democracia. Lembro que democracia não se constrói sem investimentos em educação de qualidade.

Cada um de nós, no dia da votação, precisa estar consciente em relação ao que queremos para o Brasil do futuro, do amanhã. Que Brasil queremos para as próximas gerações? De nada adianta votar pensando em si mesmo. É preciso olhar para frente, sem egoísmo, sem buscar privilégios pessoais.

Em jogo, no dia da eleição, não estão a esquerda e a direita, essa ou aquela ideologia, esse ou aquele interesse. Não é uma queda de braços de crenças, como temos visto. Quando o nome de Deus é usado em vão para angariar votos, faz-se necessário parar e avaliar o que acontece.

A cada um cabe o direito de decidir entre a divisão e a união. O país experimenta uma divisão inédita, inconcebível. De tal forma, aos brasileiros de bem, que se preocupam com o futuro, com o próximo, resta escolher a união. Não há outro caminho que não seja o da pacificação nacional.

O quadro com que nos deparamos nos últimos meses permitiu uma viagem no tempo. Estacionamos naquele período em que o Nordeste brasileiro era ignorado pelo restante do país. Falas preconceituosas e xenófobas brotaram na campanha à reeleição do presidente da República. Como sempre, após a consumação da ofensa descabida surge a desculpa padronizada de que a fala foi tirada de contexto. Preconceito independe de contexto. É preconceito, ponto final.

Mais do que nunca devemos fazer uma escolha em nome da democracia, da sua inteireza, da sua preservação. Como citei acima, não é uma questão desse ou daquele caminho, dessa ou daquela proposta de governo, mas de optar entre a civilização e a barbárie.

Quem me conhece, seja como cidadão, seja como homem público, sabe que minha escolha é por mais educação, mais inclusão, amor ao próximo, respeito e dignidade. Um povo não avança como nação à margem dessa receita.

Por essa razão voto em Lula, que tanto se empenhou para que essa receita fosse possível. Pelo Maranhão e pelos maranhenses voto em Lula, certo de que ele mais uma vez direcionará seu olhar aos mais necessitados, aos bravos nordestinos, que diariamente desafiam o cotidiano para sobreviver.

Que no domingo você, meu amigo, minha amiga, vote com responsabilidade, consciência, fé e esperança.

Como disse o filósofo grego Aristóteles: “A esperança é o sonho do homem acordado”. Nós, maranhenses, temos o direito de sonhar com dias melhores para todos.

Com o desejo de bom voto, receba o meu abraço!

(*) Waldir Maranhão – Médico veterinário e ex-reitor da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), onde lecionou durante anos, foi deputado federal, 1º vice-presidente e presidente da Câmara dos Deputados.

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