Golpista e covarde, Bolsonaro pensou em propor o adiamento da eleição; recuou por falta de apoio

 
A política não cede espaço para coincidências, ou seja, fatos não acontecem por acaso, são previamente planejados. É o que sempre afirma o UCHO.INFO. Quando na proa de um escândalo tem alguém com poder, a situação avança sobre o terreno do inimaginável.

Em matérias anteriores destacamos que o grotesco e criminoso episódio protagonizado no último final pelo ex-deputado Roberto Jefferson, com direito a 50 tiros de fuzil e três granadas arremessadas contra policiais que buscavam cumprir mandado de prisão, fora previamente combinado com Jair Bolsonaro.

O objetivo inicial da ópera bufa encenada por Jefferson era transformar-se em misto de mártir e herói, não sem antes mostrar à opinião pública que ele e Jair Bolsonaro são vítimas de perseguições por parte do Judiciário, mais precisamente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do ministro Alexandre de Moraes.

O desfecho da bambochata de Roberto Jefferson passou longe do roteiro bolsonarista e produziu efeitos negativos na campanha do presidente da República, o golpista de plantão Jair Bolsonaro.

Para piorar o que já era ruim, o ministro Paulo Guedes (Economia) foi alcançado por um projeto da pasta para desvincular o reajuste do salário mínimo da inflação do ano anterior, além do fim da dedução de despesas com saúde e educação na declaração do Imposto de Renda.

 
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Diante da reação adversa do esperado regalório de Jefferson e das sandices do ministro da Economia, a Bolsonaro restou acionar sua tropa de choque para criar uma cortina de fumaça. Eis que surge a rocambolesca narrativa das emissoras de rádio!

Após o TSE rejeitar ação de Bolsonaro sobre as emissoras de rádio, que segundo a denúncia teria deixado de veicular material de campanha, o presidente convocou reunião ministerial de emergência para discutir a decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Participaram do encontro, no Palácio da Alvorada, os principais assessores da campanha, o ministro da Justiça (Anderson Torres), o chefe do GSI (Augusto Heleno), o ministro da Defesa (Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira) e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Isso porque Bolsonaro novamente retira da prateleira fascista o discurso de golpe com apoio das Forças Armadas. Assunto que leva o “gado” ao êxtase.

Ao convocar a reunião ministerial, Jair Bolsonaro anunciou que após o encontro faria um pronunciamento à imprensa, como de fato ocorreu. A pauta inicial era propor o adiamento da eleição presidencial, mas a falta de apoio à estapafúrdia ideia fez com que o presidente recuasse.

Para concluir, reforçando o que noticiamos em matérias publicadas na edição desta quarta-feira (26), Bolsonaro e assessores têm cantado vitória, mas o objetivo maior é tumultuar o segundo turno, abrindo caminho para uma crise institucional sem precedentes.


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