Embaixador do Qatar na Copa diz que homossexualidade é “dano mental”

 
Khalid Salman, embaixador do Qatar na Copa do Mundo da FIFA, afirmou que a homossexualidade é um “dano mental”. A afirmação foi feita pelo ex-jogador de futebol do país durante uma entrevista à emissora alemã de televisão ZDF.

“Durante a Copa, muitas coisas virão para o nosso país. Vamos falar de gays, por exemplo. Mas o mais importante é que todos aceitarão que eles venham aqui. No entanto, eles precisarão aceitar nossas regras”, afirmou Salman, em trecho da entrevista divulgado na segunda-feira (8).

O embaixador salientou que a homossexualidade seria um “haram” – pecado proibido pelo Islã. “É um dano mental”, acrescentou. Após esse comentário, o porta-voz do Comitê Organizador do Mundial do Qatar encerrou abruptamente a entrevista.

O Qatar tem sido criticado como anfitrião da Copa do Mundo devido à situação dos direitos humanos no país. A homossexualidade é considerada crime no emirado.

 
A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, exigiu do governo local na última semana garantias de segurança para membros da comunidade LGBTQ que irão ao Mundial. O governo qatari reagiu ao pedido com irritação, afirmando que todos são bem-vindos no país e que ninguém é discriminado.

No último sábado (5), torcedores alemães pediram em estádios o boicote ao torneio. Os capitães de algumas seleções da Europa, entre elas Alemanha, França e Inglaterra, pretendem usar braçadeiras com a bandeira do arco-íris e a mensagem “One Love”, no uma clara campanha contra a discriminação.

O Qatar espera receber 1,2 milhão de visitantes internacionais durante a Copa. A escolha do país em 2010 pela FIFA para sediar o Mundial foi alvo de críticas e ceticismo. A Copa do Mundo de 2022 será disputada de 20 de novembro a 18 de dezembro.


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